No último domingo as linhas telefónicas e internet foram novamente cortadas em Gaza, anunciou a operadora palestiniana Paltel, citado pela Lusa. Desde o início da guerra, no dia 7 de outubro, esta foi a terceira vez que a Faixa de Gaza teve um apagão, sendo desligados os servidores do lado de Israel. Logo após o corte das telecomunicações, o exército israelita procedeu a novos bombardeamentos na cidade de Gaza e outras áreas no norte do território.
Desde que Israel começou o cerco a Gaza, várias localizações foram bombardeadas, mirando as infraestruturas do Hamas, com corte de abastecimento de água, eletricidade e combustível. As redes de comunicação online também têm sido cortadas, nomeadamente os seis operadores: Fusion, AjyalFI, DCC, SpeedClick, JETNET e TechHub que desde o dia 20 de outubro estão completamente offline.
Um jornalista da AFP referiu que as explosões foram tão intensas que puderem ser ouvidas em Rafah, no extremo sul do território palestiniano.
Veja na galeria as imagens de satélite dos bombardeamentos em Gaza:
As imagens de satélite têm mostrado o grau de destruição dos bombardeamentos na Faixa de Gaza. A Planet Labs publicou recentemente uma longa e detalhada imagem da Faixa de Gaza, referente à passada segunda-feira dia 30 de outubro, onde são visíveis as crateras das explosões. Em análise à imagem, o The Guardian contabilizou mais de mil crateras, num território com cerca de 10 quilómetros quadrados.
Apenas numa área residencial com uma área de meio quilómetro, fortemente bombardeada, foram contabilizadas cerca de 100 crateras. As maiores chegaram a ter quase 14 metros de diâmetro. É referido que pelo menos um hospital e três escolas na área ficaram fora de serviço.
Outras imagens da Maxar Technologies, referentes a 21 de outubro, mostram o antes e depois dos bombardeamentos em algumas regiões. Muitos edifícios foram completamente reduzidos a cinzas, via Al Jazeera.
Desde a resposta aos ataques do Hamas no dia 7 de outubro, foram mortas 1.400 pessoas, segundo o The Guardian. Israel disparou mais de 8.000 munições em Gaza, atingindo 12.000 alvos. Em comparação, foi mais que os Estados Unidos dispararam durante um ano nas suas operações no Afeganistão, salienta o jornal. Os bombardeamentos terão morto mais de 9.000 pessoas, segundo dados do ministério da saúde em Gaza. Foram também contabilizadas 3.700 crianças mortas.
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