O governo do Japão confirmou que mais de 20 websites, pertencentes a quatro ministérios, sofreram disrupções devido a um ataque DDoS. O ataque foi reivindicado pelo grupo de piratas informáticos pró-Rússia Killnet através de uma mensagem deixada no seu canal de Telegram.
Além de causarem disrupções nos websites governamentais, os hackers terão também impactado o portal dos impostos autárquicos, assim como a Mixi, considerada como a segunda maior rede social do Japão.
Como avança a Reuters, o governo japonês está a investigar o envolvimento do grupo de hackers no ataque. “Estamos cientes de que o grupo sugeriu que estava por trás do ataque, mas, neste momento, ainda estamos a investigar a causa do mesmo, incluindo o envolvimento dos piratas informáticos”, afirma Hirokazu Matsuno, porta-voz do governo do país.
Numa nota enviada ao SAPO TEK, Sergey Shykevich, Threat Intelligence Group Manager da Check Point Software, explica que o tipo de ataque utilizado pelos hackers foi concebido para “derrubar” serviços online, ou recursos de rede, sobrecarregando os servidores com milhares de pedidos e excedendo a capacidade de resposta.
Os motivos do grupo Killnet “para estes ataques deve-se ao apoio do Japão à Ucrânia na atual guerra contra a Rússia, bem como a uma disputa de décadas sobre as Ilhas Kuril, sobre as quais ambas as partes reclamam a soberania”, detalha o responsável.
O incidente registado no Japão surge após ataques em larga escala do grupo de piratas informáticos a websites governamentais na Itália, Lituânia, Estónia, Polónia e Noruega.
Referenciando um recente relatório da empresa de cibersegurança, Sergey Shykevich lembra que se registou um aumento global de 42% a nível de ciberataques, com uma subida significativa de ataques levados a cabo por grupos de hackers patrocinados e mobilizados pelo Estado, “que ganharam ímpeto desde o início da guerra Rússia-Ucrânia”.
“Como já avisámos anteriormente, as organizações nos países afetados devem estar atentas aos riscos, uma vez que estes grupos utilizam instrumentos variados para atingir os seus objetivos, incluindo roubo de dados e ataques perturbadores”, realça.
Os ciberataques são cada vez mais usados como arma de guerra: um cenário que tem sido observado nos últimos meses com a preparação da ofensiva russa contra a Ucrânia, que terá estendido o efeito a 42 países. Os especialistas em cibersegurança esperavam que os conflitos na Ucrânia tivessem maior impacto no campo digital, porém, a infraestrutura ucraniana tem vindo a resistir às táticas do Kremlin.
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