Em setembro do ano passado, a Oracle e o Walmart chegaram a um acordo para a compra do negócio do TikTok nos Estados Unidos. Embora tenha recebido a “bênção” do antigo presidente Donald Trump, o processo de negociação acabou por ser particularmente conturbado e, agora, com Joe Biden aos comandos do país, a venda foi suspensa indefinidamente.
De acordo com fontes a que o The Wall Street Journal teve acesso, o novo governo norte-americano pretende fazer uma revisão extensa do processo iniciado pela Administração Trump contra o TikTok.
Por outro lado, o TikTok continua em negociações com o Comité de investimento estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), com discussões centradas na segurança dos dados dos utilizadores norte-americanos, de modo a encontrar soluções que não impliquem o acesso por parte do governo Chinês aos mesmos.
Entre os cenários futuros está, por exemplo, um acordo que envolve o tratamento dos dados dos utilizadores do TikTok nos Estados Unidos por uma empresa terceira, uma situação que evitaria a venda do negócio da ByteDance no país.
Por outro lado, existe ainda a possibilidade de a Oracle e o Walmart participarem num acordo futuro, se bem que o papel que passariam a desempenhar teria de ter em conta as medidas tomadas pelo governo de Joe Biden em relação à rede social.
“Planeamos desenvolver uma abordagem mais alargada no que toca à segurança dos dados vindos dos Estados Unidos e que seja capaz de dar resposta às crescentes ameaças que enfrentamos”, afirmou Emily Horne, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança do país.
Segundo a responsável, entre as ameaças incluem-se os riscos apresentados por aplicações chinesas que operam nos Estados Unidos. “Durante os próximos meses esperamos rever casos específicos à luz dos riscos que enfrentamos”, explicou Emily Horne.
Recorde-se que, em novembro, um tribunal norte-americano “congelou” a ordem executiva do governo de Donald Trump que estabelecia a proibição do TikTok a partir do dia 12 desse mês, adiando a decisão até mais desenvolvimentos legais. Já em dezembro, o governo norte-americano optou por não conceder à ByteDance a extensão de um pedido que requeria à empresa chinesa que vendesse os ativos do TikTok nos Estados Unidos.
Nos últimos meses da sua presidência, Donald Trump continuava convicto de que a aplicação estava a ser utilizada pelo governo chinês para aceder aos dados pessoais dos utilizadores, tendo recorrido em dezembro de uma decisão judicial que impediria o Departamento do Comércio de impor restrições ao TikTok,
Apesar de todos os problemas que tem vindo a enfrentar nos Estados Unidos, o TikTok está a planear expandir os seus negócios no país para a área do comércio online, numa tentativa de concorrer diretamente contra o Facebook, numa decisão que surge após a empresa ter estabelecido uma parceria com a plataforma Shopify em outubro do ano passado.
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