A Apple começa a semana com um aviso do FBI para o acesso a conteúdos dos iPhones que estão encriptados. A medida do departamento de investigação federal pretende que haja exceções na tecnologia que foi criada para proteger a privacidade dos utilizadores, sempre que seja necessário aceder aos conteúdos por ordem do tribunal.
Esta medida chega na mesma altura em que a Apple foi intimada por advogados com uma ação em tribunal, em nome de milhares de sobreviventes de abusos sexuais de crianças. A acusação diz que a Apple sabia que eram guardadas imagens e vídeos dos abusos na iCloud durante anos, mas que se recusou a agir para os remover, mesmo tendo desenvolvido tecnologia para detetar e eliminar os mesmos, avança a Forbes.
A ação aponta ainda que a Apple tinha uma proposta para rever as imagens no equipamento e detetar materiais de abuso sexual de crianças antes destas serem submetidas para o iCloud, mas que desistiu antes de ser lançada. A tecnologia da Apple envolvia equipamentos que cruzam imagens com uma lista que contém material com abuso sexual de crianças (CSAM na sigla inglesa).
A gigante tecnológica esteve debaixo de fogo quando pretendia lançar o sistema em 2021, porque a sua tecnologia poderia ser utilizada para detetar imagens de conotação política e outros conteúdos. Muitos especialistas em privacidade apontaram que a tecnologia violava os protocolos de encriptação end-to-end.
Um porta-voz do FBI disse à Forbes que as forças da autoridade suportam a gestão responsável da encriptação, e que esta deve ser desenhada para proteger a privacidade das pessoas, mas ao mesmo tempo com capacidade de oferecer acesso aos conteúdos sempre que o tribunal ordene.
A próxima administração Trump poderá dar inicio a novo debate sobre aquilo que é chamado de encriptação responsável, um termo utilizado pelo procurador geral dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, na primeira vez que Donald Trump chegou à Casa Branca. O objetivo é aceder a provas de crimes que estariam protegidas por encriptação.
No que diz respeito à ação judicial, segundo o The New York Times, as vítimas de abuso sexual estão a pedir mais de 1,2 mil milhões de dólares em danos, sob a acusação de ter abandonado em 2021 o sistema de proteção a materiais proibidos, que entretanto proliferaram pela internet. O grupo da acusação é composto por 2.680 vítimas com um pedido de indeminização de 150 mil dólares em danos para cada uma.
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