"Não devia fazer publicidade a isto, mas é fácil descarregar programas que nos permitem colocar a voz de alguém e fazer um bom deepfake”, afirmou, durante uma palestra na Regent’s University em Londres.

Já os vídeos, explicou, “é muito mais difícil [os falsos] porque não têm grande qualidade”, pelo que é mais fácil a jornalistas os identificarem através de “bom senso".

Na opinião do especialista, a comunicação social tem de ser responsável e atenta na forma como trata este tipo de informação.

Recentemente no Reino Unido o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, e o presidente da Câmara Municipal de Londres, foram vítimas de áudios falsificados por Inteligência Artificial (IA).

No segundo caso, foi o próprio secretário de Estado da Administração Interna, Tom Tugendhat, que alertou para a situação e pediu nas redes sociais para que as pessoas e a comunicação social não os difundissem.

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"Pessoas hostis vão tentar interferir nas nossas eleições, mas não significa que sejamos impotentes”, afirmou Martin.

“Podemos confiar em organizações de comunicação social responsáveis, o que penso que tem sido preservado e mantido, e no consenso político, quando as pessoas dizem que vão tratar falsificações como um ataque à democracia”, vincou.