As últimas versões dos smartphones da Fairphone têm conseguido um índice de 10 em 1o no teste de reparabilidade da iFixit e os técnicos da empresa especializada em reparações já chegaram a fazer a comparação com o iPhone, admitindo o desejo de que o telemóvel da Apple fosse tão fácil de reparar. O Fairphone 6, que a empresa dos Países Baixos anunciou no final de junho foi agora submetido a teste e os resultados partilhados mostram que continua a ser campeão da reparabilidade.

A iFixit dá ao Fairphone uma classificação de 10/10, em linha com o que tinha sido feito nos modelos anteriores, e no teste refere mesmo que "num mundo repleto de gadgets colados e desenhados para a obsolescência, o Fairphone 6 conquista merecidamente a nota 10 na nossa escala de reparabilidade. É um telefone feito para sobreviver ao ciclo de hype — e isso é algo que vale a pena aplaudir".

A Fairphone foi lançada em 2013 com o objetivo de desenvolver um smartphone que pudesse ser reparado pelos próprios utilizadores, prolongando a vida útil, mas também baseado em materiais obtidos de forma ética. Embora nunca tenha alcançado números de venda relevantes, nem as especificações para concorrer com os topos de gama de outras fabricantes, continua a marcar a diferença para quem olha para este tema com preocupação. 

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A iFixit nota que aceder ao interior do Fairphone é "deliciosamente simples", que a capa traseira é retirada facilmente e a bateria está presa com quatro parafusos e um simples cabo de ligação, sem a cola que atrapalha muitas vezes este processo. A bateria do smartphone foi desenhada para poder ser substituída pelos utilizadores, tal como outros 11 componentes, incluindo o ecrã. 

Nesta versão a Fairphone optou por um display ligeiramente mais pequeno, de 6,31 polegadas LTPO OLED, mas mais brilhante e com uma taxa de refrescamento que vai dos 10 aos 120 Hz. As portas modulares e a câmara acessível são também elogiadas, com os sensores traseiros a poderem ser substituídos individualmente.

Como não usa cola, o Fairphone 6 só conseguiu uma classificação de IP55 na resistência ao pó e à água, ao contrário da maioria dos telefones da concorrência que têm IP68, mas a iFixit nota que ainda assim é muito resistente.

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Na sua análise, a iFixit cita o estudo do Instituto Fraunhofer que calcula que "manter um Fairphone durante cinco anos em vez de três reduz a sua pegada de carbono anual em cerca de um terço". A durabilidade do hardware é acompanhada pelo suporte de software e peças que foi prometido até 2033, além de uma garantia de cinco anos.

Tudo somado, o artigo da iFixit parece uma carta de amor à Fairphone, com uma classificação impecável que nem os poucos pormenores menos positivos conseguiram mudar.

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