No próximo ano há eleições presidenciais nos Estados Unidos e a campanha que vai preceder o próximo ato eleitoral no país promete ser dura. A Meta fez esta quarta-feira um anúncio que parece pensado para reforçar o controlo das suas plataformas, sobre a informação falsa e manipulada.
A partir do próximo ano, a empresa passa a exigir aos anunciantes das suas várias plataformas que informem sempre que submeterem anúncios com conteúdo manipulado digitalmente, nomeadamente com recurso a ferramentas de inteligência artificial. Quem não cumprir reiteradamente estará sujeito a penalizações, avisa o grupo liderado por Mark Zuckerberg.
Nas próximas semanas serão divulgadas mais informações sobre as novas regras, mas o que já se sabe é que se aplicam a anúncios de natureza política ou social. O que também foi já esclarecido é que este tipo de anúncios passará a estar identificado, para que os utilizadores saibam que foram manipulados.
O que se pretende evitar com estas novas regras? A Meta não quer que anúncios com vozes, fotos ou vídeos alterados sejam publicados sem aviso. Isto é, anúncios que através de efeitos digitais, ponham alguém a dizer algo que não disse, a fazer algo que não fez, ou num local onde não esteve.
Da mesma forma, a empresa quer passar a identificar como alterados os anúncios com imagens de pessoas que parecem reais mas não existem, os anúncios que mostrem eventos que não aconteceram, ou que aconteceram, mas não da forma retratada nas imagens do anúncio.
A dona do Facebook e do Instagram diz na nota publicada no blog sobre o tema que vai recusar anúncios que não cumpram os novos requisitos. Ainda não explicou é como vai monitorizar o cumprimento das regras.
A manipulação de imagens e vozes através de programas que usam inteligência artificial é um fenómeno que tem vindo a crescer e que, mesmo antes das eleições, tem sido usado de forma esporádica para tentar pôr os candidatos/políticos em soluções comprometedoras.
Um dos exemplos recentes, como relata o Engadget, é um vídeo que começou a circular nas redes sociais com imagens manipuladas, para fazer parecer que o Presidente Joe Biden está a tocar de forma inapropriada na neta.
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