O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) partilhou os mapas da progressão das infeções por COVID-19 desta semana. E tal como na semana passada, a maioria da Europa ocidental continua pintada a vermelho escuro, a cor que corresponde à existência de mais de 300 casos positivos de COVID-19 por 100 mil habitantes.

Se Portugal praticamente não sai do vermelho há várias semanas, tal como a França e Itália, a Espanha que tinha melhorado voltou também à escala máxima, na maioria das regiões. Excetuando o Sul do país, com registo a cinzento e algumas regiões a norte a laranja, a maioria das zonas de Espanha já está a vermelho escuro.

Veja na galeria os mapas partilhados pela ECDC:

No mais recente relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), estima-se que a nova linhagem BA.5 da variante Ómicron da COVID-19 tem vindo a crescer e poderá ser já dominante em Portugal, em cerca de 63,6%. Esta linhagem pode ser mais transmissível que o BA.2, embora não existam dados que comprovem que este tenha efeitos mais graves.

Apesar do aumento de casos, a ministra da Saúde, Marta Temido, salientou que os portugueses estão numa fase de autorresponsabilização e que os seus comportamentos individuais se devem adaptar a evolução da pandemia. Nesse sentido, afasta para já o regresso à obrigatoriedade do uso de máscara e a disponibilidade de testes gratuitos nas farmácias.

O mais recente boletim de infeções partilhado pela Direção-Geral de Saúde indicam que na segunda-feira o número de infeções continua a crescer, tendo sido registados 33.939 novos casos positivos. Desde 8 de fevereiro que Portugal não contava com tantos novos casos. O INSA prevê que no final de maio Portugal possa atingir os 60 mil casos diários de infeções.

Esta sexta vaga está a ter consequências menos graves para a saúde, no que diz respeito a uma menor incidência de internamentos e mortes que as anteriores. Ainda assim, o número de mortes tem vindo a subir, considerando que na segunda-feira foram registados 29 óbitos e no domingo 35, aquele que é considerado o mais elevado desde o dia 19 de fevereiro.