Um estudo conjunto, desenvolvido pelas universidades de Nova Iorque e Princeton, concluiu que os internautas mais velhos têm maior disposição para partilhar notícias falsas no Facebook. A tendência é independente da educação, da raça, do género e dos rendimentos, sendo que a idade é mesmo a característica que melhor determina o comportamento dos utilizadores neste domínio. Mais até do que a sua filiação partidária.
Esta análise teve por base um conjunto de 3.500 internautas norte-americanos e foi conduzida nos meses que antecederam as eleições presidenciais norte-americanas de 2016. Deste grupo, a partilha de notícias falsas só foi identificada em 8,5% dos perfis participantes.
Dos utilizadores com idade compreendida entre os 18 e os 29, apenas 3% participou conteúdos falsos. Por outro lado, 11% dos perfis com idade igual ou superior a 65 incorreu na mesma situação. Esta conclusão pode ajudar as empresas tecnológicas a desenvolverem mecanismos mais eficazes contra a disseminação de empresas falsas, uma vez que há agora um público ao qual se devem apontar esforços.
Os investigadores não avançam com qualquer justificação sustentada para esta diferença etária, mas acreditam que existem dois fatores de peso a influenciar estes números. O primeiro diz respeito à literacia digital, que não é tão desenvolvida entre as gerações mais velhas; e o segundo refugia-se nas capacidades cognitivas dos internautas mais idosos, que estão naturalmente mais debilitadas.
O grupo de investigadores que participou neste projeto quer agora entender se as pessoas têm mais propensão para partilhar uma notícia falsa que tenha sido colocada no seu feed por um amigo próximo, ou se essa relação não é consistente o suficiente para ser considerada.
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