“(...) problemas todos os aliados enfrentam. Isso não define a nossa fiabilidade. O que a define é a nossa resiliência e capacidade de implementar soluções para esses problemas e, nesse ponto, asseguro-vos que todos os Aliados reconhecem a Portugal uma exemplar capacidade de resposta”, defendeu Helena Carreiras.
A governante está a ser ouvida numa audição regimental da Comissão de Defesa, na Assembleia da República, à qual se seguirá uma audição à porta fechada sobre os recentes ciberataques ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), que levaram à exfiltração de documentos classificados da NATO, requerida potestivamente pelo PSD.
Antecipando um pouco esse tema, Helena Carreiras fez referência aos esforços feitos ao nível da ciberdefesa, salientando que “ao nível da capacidade tecnológica, os investimentos no quadro da LPM [Lei de Programação Militar] têm permitido alcançar melhorias e planeamos reforçar essa linha de investimento em atualização permanente”.
“Esperamos que possa ser aprovada em breve, em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional de Ciberdefesa”, adiantou. A governante salientou ainda que “a segurança cibernética de qualquer organização e a sua capacidade de atuação dependem em primeira linha dos seus recursos humanos”.
“Considero da maior importância continuar a aprofundar o trabalho em curso no âmbito do Comité de Monitorização da Ciberdefesa e a dinamizar os instrumentos formativos essenciais à qualificação dos nossos recursos humanos”, detalhou.
Helena Carreiras acrescentou que o ministério vai continuar a desenvolver “parcerias nacionais e internacionais, incluindo no âmbito da Política Europeia de Defesa”, reforçando o papel de Portugal “como aliado credível”.
No que respeita aos recentes ciberataques ao EMGFA, recorde-se que, no final de setembro, a ministra da Defesa afirmou que "as instituições estão a fazer o seu trabalho" relativamente aos indícios de ataques informáticos em investigação pelas autoridades e pediu "calma e prudência".
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNC) confirmou recentemente “indícios de ataques informáticos à rede administrativa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA)” e o Ministério Público (MP) está a investigar o cibercrime.
“Tendo sido identificados indícios de ataques informáticos à rede administrativa do EMGFA, no passado dia 27 de setembro, foram de imediato tomadas as medidas necessárias para assegurar o reforço da integridade e resiliência da mesma e informadas as autoridades competentes para a investigação destes incidentes”, respondeu o CNCS após ser questionado pela agência Lusa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também confirmou à agência noticiosa que "os factos participados pelo Ministério da Defesa Nacional se encontram em investigação” ao abrigo de um inquérito que decorre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)".
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