"Hoje estamos aqui para falar da cooperação com Cabo Verde, mas a única coisa que posso dizer é que as instituições estão a fazer o seu trabalho e devemos ter a calma e prudência e atenção para deixar que isso aconteça nas melhores condições", respondeu a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, quando questionada pela Lusa sobre a evolução deste caso.
A ministra falava no final de uma reunião com a sua homóloga de Cabo Verde, no forte de São Julião da Barra, e escusou-se a acrescentar mais dados.
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNC) confirmou na quarta-feira “indícios de ataques informáticos à rede administrativa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA)” e o Ministério Público (MP) está a investigar o cibercrime.
“Tendo sido identificados indícios de ataques informáticos à rede administrativa do EMGFA, no passado dia 27 de setembro, foram de imediato tomadas as medidas necessárias para assegurar o reforço da integridade e resiliência da mesma e informadas as autoridades competentes para a investigação destes incidentes”, respondeu o CNC na quarta-feira, após ser questionado pela agência Lusa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também confirmou à Lusa que "os factos participados pelo Ministério da Defesa Nacional se encontram em investigação” ao abrigo de um inquérito que decorre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)".
O jornal Diário de Notícias (DN) avançou na quarta-feira com a informação de um novo ataque informático “grave” à rede do EMGFA, “existindo a possibilidade de extradição de documentos e relatórios”.
Por seu lado, o Notícias ao Minuto escreveu que a informação veiculada pelo DN foi confirmada àquele jornal online pelo Ministério da Defesa Nacional, tendo o Governo afirmado que “reportou ao Ministério Público a ocorrência de um ataque informático à rede do EMGFA".
Este é o segundo ataque registado em menos de um mês, o anterior foi a 08 de setembro, a ser noticiado pelo DN, que na altura escreveu ter sido “um ciberataque prolongado e sem precedentes contra o EMGFA, no qual documentos da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO na sigla em inglês) foram extraídos e publicados na darkweb.
O DN noticiou então que o ciberataque causou preocupação junto dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e, na altura, salientando que foram os norte-americanos que detetaram a informação, os quais notificaram em agosto o primeiro-ministro através da embaixada em Lisboa, e que encontraram centenas de documentos da NATO à venda na darkweb.
Fonte judiciária disse na quarta-feira à agência Lusa que a Polícia Judiciária “já está há algum tempo a investigar” os ataques informáticos aos serviços do Ministério da Defesa, bem como a outros organismos oficiais e estruturas privadas.
A pedido do PSD, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, vai ao parlamento no próximo dia 11 de outubro para responder às perguntas dos deputados, à porta fechada, sobre os ciberataques e sobre a segurança informática das forças armadas portuguesas.
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