As capacidades de ciber-resiliência durante o ato eleitoral foram postas à prova através de um novo exercício de cibersegurança. Realizado a 9 de fevereiro, este foi o primeiro exercício de nível estratégico e não técnico a ser organizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
O objetivo passou por testar os diferentes mecanismos de articulação entre as várias entidades envolvidas, assim como reforçar o conhecimento situacional e especializado, com vista à melhoria das capacidades de ciber-resiliência, explica o CNCS em comunicado.
Entre as entidades que participaram no exercício incluem-se a Comissão Nacional de Eleições (CNE), a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a Lusa - Agência de Notícias de Portugal, o Ministério Público – Gabinete Cibercrime, a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), a Polícia Judiciária (PJ) e o Serviço de Informação e Segurança (SIS).
No exercício foi definido como cenário a ocorrência de uma série de incidentes relacionados com campanhas de desinformação, da disseminação de sondagens fraudulentas, documentos e notícias falsas à apropriação de templates dos Órgãos de Comunicação Social, além de fake news associadas a aspetos logísticos do processo eleitoral.
De acordo com o CNCS, o exercício permitiu verificar que, perante os cenários apresentados, “as diferentes entidades envolvidas demonstraram estar empenhadas”, contando com várias atividades de colaboração para a efetiva preparação da cibersegurança dos atos eleitorais.
“Ficou demonstrado existir um conhecimento amplo das competências de cada uma das entidades em relação às demais e ficou demonstrada a consciência da necessidade de colaboração”, realça, acrescentando que o exercício destacou também as dificuldades sentidas quanto à sensibilização dos partidos políticos para as questões da cibersegurança, sendo este um facto que aumenta o risco.
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