Falta poucos dias para o término de 2018, mas longe de acabar está o pesadelo do Facebook e as polémicas em torno da partilha de dados pessoais dos utilizadores. A rede social é agora acusada de ter entregado de “bandeja” os dados dos amigos dos utilizadores a cerca de 150 tecnológicas, incluindo as gigantes Netflix, Microsoft, Amazon e Spotify, segundo uma reportagem do The New York Times.
Ao que consta, a empresa de Mark Zuckerberg deu às empresas mais acesso a dados do que aqueles que foram revelados, criando uma espécie de “regras de exceção” para parceiros de negócio. O artigo terá sido escrito com base em documentos internos e entrevistas aos intervenientes que a publicação teve acesso.
Segundo consta, a partilha de dados tinha como intenção beneficiar todos os parceiros, para maior crescimento conjunto, obter mais utilizadores, e claro gerar mais receitas de publicidade. Um dos exemplos citados diz respeito ao motor de pesquisa Bing, da Microsoft, que permitia aceder ao nome de todos os amigos dos utilizadores sem o consentimento dos mesmos. E mais bizarro ainda, permitiu a serviços como o Netflix e Spotify lerem as mensagens privadas dos utilizadores da rede social. Os amigos dos utilizadores também viram bisbilhotados os nomes e contactos pela Amazon.
As empresas supracitadas terão recebido um “livre-trânsito” de acesso aos dados dos utilizadores, superando as respetivas proteções de confidencialidade, segundo os documentos e as entrevistas realizadas com 50 ex-empregados do Facebook. Os acordos foram feitos em 2010, mas mantiveram-se ativos até 2017, e ao que consta, alguns ainda estão válidos.
O Facebook refere que não encontrou evidências de abusos dos seus parceiros, sendo ainda destacado que parceiros como a Yahoo, Microsoft e Amazon utilizaram os dados de forma apropriada, mas sem revelar pormenores.
A rede social poderá ter enfrentado o seu pior ano em 2018 e as polémicas em torno da privacidade continuam a amontoar…
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