Os números são do CENTR, a associação europeia dos domínios ccTLD (domínios de topo de países como o .pt para Portugal ou .es para Espanha) e dão destaque à taxa de crescimento conseguida pelos domínios de topo portugueses no primeiro trimestre, que ficam à frente da Bielorrússia, Islândia, Suíça e Estónia, mas também da taxa de crescimento global que se fixa em 1,3%.
Luisa Geifão, presidente da Associação DNS.pt, admite que estes números são resultado do menor crescimento de outros países mas que também decorrem do trabalho feito desde a liberalização do domínio .pt e da promoção da aposta no domínio português como factor de confiança e de portugalidade.
“Estamos a colher os frutos da aposta no .pt”, explica ao TeK, adiantando que as empresas portuguesas estão a optar mais pelo registo no domínio português e que as iniciativas desenvolvidas estão a resultar bem.
A baixa taxa de número de registos em Portugal, sobretudo quando comparada com outros países como a Alemanha e a França, potencia também um crescimento mais acelerado à medida que as empresas percebem a importância de estarem no mundo digital. ”Este é um caminho que os outros ccTLD já fizeram há alguns anos”, justifica.
A associação promete dar continuidade a algumas iniciativas que tem vindo a desenvolver para dinamizar os registos em .pt, nomeadamente o 3em1 que permite às empresas por o negócio na Internet de forma gratuita durante um ano e que já conta com mais de 1.200 aderentes.
A DNS.pt está também a desenvolver com a ACEPI um estudo para verificar a taxa de penetração dos registos Web entre as empresas e conta ter resultados para mostrar no final do ano.
Tendências de registos mostram equilíbrio entre domínios gerais e de países
No primeiro trimestre de 2015 o número de domínios registados era de cerca de 293,3 milhões, sendo que foram adicionados 3,8 milhões numa taxa de crescimento de 1,3%, distribuída de forma equilibrada entre ccTLDs (domínios de topo de países) e gTLDs (domínios gerais).
Entre os registos nos domínios específicos de países o .tk de Tokelau (na Polinésia) está em primeiro lugar devido a um modelo de negócio diferenciado que passa pela oferta de registos gratuitos. Segue-se a Alemanha com o .de, a China com o .cn e o Reino Unido com o.uk. Portugal não está no top 20, até porque ainda não chegou ao milhão de registos em .pt.
Os números do CENTR indicam ainda que na Europa o crescimento foi de apenas 0,7% chegando aos 67 milhões de registos em domínios de topo de países, sendo a Holanda (.nl)n a que tem uma taxa mais elevada deccTLD per capita, com um índice de 33 nomes de domínios registados por 100 habitantes, seguindo-se a Suíça (.ch), a Dinamarca (.dk) e a Alemanha (.de).
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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