No ano passado, a Comissão Europeia lançou a plataforma Code of Practice on Disinformation, uma iniciativa em que convidou a indústria tecnológica e as plataformas de redes sociais a contribuir no esforço de reduzir a desinformação, informação falsa ou com pouca credibilidade na internet. O objetivo era desincentivar as oportunidades de esquemas, fraudes ou mesmo fake news sobre a COVID-19, mas também apelar e incentivar a vacinação. Os resultados não tardaram a chegar, numa causa assumida pelas principais plataformas online.
A Comissão Europeia revelou agora o novo relatório referente às medidas tomadas pelas plataformas online no final do ano, nos meses de novembro e dezembro. Věra Jourová, vice-presidente para os Valores e Transparência, elogiou o esforço conjunto no suporte das campanhas de vacinação na União Europeia que são cruciais contra os desafios impostos pela variante Omicron. “Mas ainda há margem para melhoria”.
No que diz respeito a números, o TikTok diz que foram assinalados 15.024 vídeos em novembro e 28.421 em dezembro, um aumento substancial em relação aos cerca de 10 mil registados em outubro. O Twitter suspendeu 431 contas e removeu 4.129 conteúdos em novembro e no mês seguinte 666 contas banidas e 4.559 publicações.
Nos mesmos dois meses, a Google disse que as publicações verificadas das organizações da União Europeia apareceram 6 milhões de vezes numa média semanal, somando 55 milhões de impressões. A Microsoft diz que assuntos sobre a COVID-19 no Bing aumentaram em novembro para quase 3 milhões, embora tenha descido para 1,8 milhões em dezembro.
Por fim, a Meta disse que em novembro, 110 mil posts de conteúdos foram removidos do Facebook e Instagram na União Europeia por violar as suas políticas de desinformação de COVID-19 e vacinação. Em dezembro, foram retiradas 109 mil entradas.
Em termos de iniciativas para ajudar as campanhas de combate à COVID-19, é destacado que o TikTok reportou que os vídeos com a “tag” vacina nos canais da Europa triplicaram, de 90.000 em outubro para 266 mil em dezembro. A Google atualizou os painéis de informação do motor de pesquisa sobre a vacinação do coronavírus, disponível em todos os 27 países da União Europeia. Estes passaram a incluir informações sobre a vacinação pediátrica.
Do lado da Meta, o Facebook removeu a desinformação e assédio dos movimentos anti-vacinação, direcionado aos profissionais médicos, jornalistas e políticos eleitos. A Microsoft disse também que permitiu algumas publicidades de vacinas feitas pelas autoridades públicas, atualizando as suas políticas de publicação. A iniciativa gerou cerca de 733 mil impressões na União Europeia entre novembro e dezembro.
Por fim, o Twitter reforçou as etiquetas que assinalam tweets enganadores relacionados com a COVID-19 e vacinação, para que sejam fáceis de distinguir. A rede social disse que houve mais pessoas a clicar nessas etiquetas, mas menos deixar o “gosto” ou partilharam essas mesmas mensagens. Países como a Dinamarca, Espanha, Irlanda, Itália e Bélgica receberam funcionalidades contendo informação fidedigna sobre a vacinação.
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