A Check Point Software acaba de lançar as suas previsões de cibersegurança para 2022. Entre os principais desafios de segurança do próximo ano, a empresa prevê que, por um lado, os cibercriminosos vão continuar a aproveitar-se do impacto da pandemia de COVID-19. Por outro, vão surgir novas oportunidades de ataque, com destaque para questões como deepfakes, criptomoedas e carteiras digitais.
Os investigadores começam por prever que as fake news e campanhas de desinformação regressem com ainda mais força. Neste ano, a pandemia de COVID-19 e as vacinas foram temas principais no que toca à disseminação de informação falsa. Em 2022, os grupos de ciberatacantes vão continuar a aproveitar-se de campanhas noticiosas falsas para levar a cabo esquemas de phishing.
As deepfakes serão uma “arma” cada vez mais usada pelos cibercriminosos. Os especialistas sublinham que as técnicas para fazer vídeos ou até áudios falsos já têm um nível de sofisticação elevado e podem ser utilizadas para criar conteúdo que manipule opiniões e ações, podendo ser combinadas com táticas de engenharia social para aceder às informações sensíveis das vítimas.
As criptomoedas vão ganhar mais popularidade entre os cibercriminosos. A Check Point Software afirma que será necessário um reforço da segurança para proteger os recursos de possíveis roubos e manipulações.
O mundo mobile será um dos grandes “alvos” dos cibercriminosos em 2020 e à medida que as carteiras e plataformas de pagamento digitais são utilizadas com mais frequência, os atacantes vão evoluir e adaptar as suas técnicas para explorar a tendência.
Os ataques em cadeia poderão tornar-se mais comuns e, para lidar com as ameaças e proteger as redes, os governos vão estabelecer regulamentos e colaborar com os sectores privados e outros países para identificar e visar os agentes de cibercrime a nível mundial.
Os investigadores preveem uma intensificação da “ciberguerra fria” em 2022. Através de infraestruturas e capacidades tecnológicas avançadas, grupos terroristas e ativistas poderão promover as suas agendas e levar a cabo ataques mais sofisticados para destabilizar atividades a nível global.
O roubo de dados acontecerá também com maior frequência e em maior escala. Os especialistas detalham que a recuperação deste tipo de ataque será cada vez mais dispendiosa para as organizações e governos, com as quantias exigidas pelos cibercriminosos a aumentar significativamente.
Os cibercriminosos vão continuar a visar empresas que sabem conseguir pagar pedidos de resgate e os ataques de ransomware tornar-se-ão mais sofisticados. Os hackers recorrerão a cada vez mais ferramentas de invasão para personalizar ataques em tempo real e aceder a redes pessoais e empresariais.
As vulnerabilidades dos micros serviços estarão na “mira” dos cibercriminosos. A empresa de cibersegurança indica que, com a infraestrura dos micro serviços a ser adotada pelos fornecedores de Cloud, os atacantes vão aproveitar-se das suas vulnerabilidades para lançar ataques em larga escala.
“Em 2021, vimos os cibercriminosos adaptarem a sua estratégia de ataque para explorar certificados de vacinação, eleições e mudança em massa para o trabalho híbrido, visando cadeias de abastecimento e redes empresariais e, assim, obter a máxima disrupção,” afirma Maya Horowitz, VP Research at Check Point Software, em comunicado.
A responsável reforça que “as organizações devem manter-se conscientes dos riscos e garantir que contam já com as soluções certas para prevenir a maioria dos ataques, mesmo os mais avançados, sem quebrar o ritmo de negócio normal”. “Para se manterem um passo à frente das ameaças, as organizações devem ser proactivas, não deixando quaisquer superfícies de ataque sem supervisão ou monitorização. Caso contrário, correm sérios riscos de serem as próximas vítimas”, enfatiza Maya Horowitz.
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