COVID-19: Foram identificados mais de 5.000 websites de phishing entre março e julho

Francisca Andrade

13 set 2021 12:51

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De acordo com os investigadores da Kaspersky, os cibercrimes relacionados com a pandemia atingiram o seu auge em março desta ano. Ao longo do período em análise, a empresa de cibersegurança impediu também mais de um milhão de tentativas de visita a websites de phishing relacionados com a pandemia de COVID-19.

A pandemia de COVID-19 continua a ser uma temática amplamente explorada pelos cibercriminosos e, numa das suas mais recentes investigações, a Kaspersky analisou múltiplas mensagens de correio eletrónico e páginas de phishing relacionadas com a crise de saúde pública e que foram concebidas para roubar credenciais aos utilizadores mais incautos.

Entre março e julho deste ano, os especialistas da empresa de cibersegurança identificaram mais de 5.000 sites de phishing relacionados com a pandemia, tendo impedido mais de um milhão de tentativas de visita a este tipo de páginas.

Os investigadores explicam que os cibercrimes relacionados com a pandemia atingiram o seu auge em março de 2021. Foi registada uma ligeira diminuição em julho, antes de os cibercriminosos intensificarem os seus esforços.

Porém, durante o mês de junho, a empresa detetou e bloqueou 14% mais sites de phishing em comparação com maio. A nível europeu, a empresa de cibersegurança conseguiu bloquear cerca de 300 sites de phishing relacionados com a pandemia, 12 dos quais em Portugal.

As ofertas de pagamento falsas e testes COVID-19 com desconto estão entre os métodos mais comuns utilizados pelos cibercriminosos. Os anúncios de phishing para códigos QR falsos e certificados de vacinação para restaurantes e eventos tornaram-se também bastante populares.

“Na maioria das fraudes relacionadas com a pandemia, os cibercriminosos pretendem obter os dados dos utilizadores”, explica Alexey Marchenko, Head of Content Filtering Methods Research da Kaspersky, em comunicado, destacando os esquemas de phishing onde o utilizador é levado a clicar em links e a introduzir informações pessoais e dados dos seus cartões bancários em páginas falsas.

“Se receber uma mensagem sobre a pandemia, recomendamos que verifique sempre duas vezes se a informação é de uma fonte oficial e lembre-se que nunca deve partilhar dados pessoais em sites suspeitos”, enfatiza o responsável.

Para evitar cair na “armadilha” dos ciberiminosos, os investigadores da Kaspersky recomendam que se mantenha desconfiado em relação a ofertas e promoções estranhamente generosas, recurse carregar em links de emails suspeitos, mensagens instantâneas ou comunicações em redes sociais, verifique sempre a autenticidade de qualquer website desconhecido que visitar e que utilize uma solução de segurança fiável.