Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, António Costa disse que com a convocação dos professores, "houve um momento em que o site [para agendamento do Ministério da Saúde] esteve em baixo, o que é um bom sinal, porque significa uma grande adesão ao reforço vacinal".
António Costa indicou que "em condições normais", Portugal tem capacidade para serem administradas 94 mil doses de vacina por dia, mas que "o sistema tem sempre alguma elasticidade" e se prevê "um pico de afluência".
O primeiro-ministro defendeu que "é fundamental que as pessoas se continuem a vacinar", atribuindo em parte à cobertura de vacinas a "situação felizmente tranquila" que se vive atualmente na ocupação hospitalar, em que "menos de 10 por cento, quase 1.400" das 16 mil pessoas internadas em Portugal estão infetadas com o SARS-CoV-2.
Destacou ainda que os dados a nível internacional e verificáveis em Portugal demonstram "de forma inequívoca" que a variante ómicron da covid-19 provoca doença menos grave e que também a isso se pode atribuir o número relativamente baixo de internamentos e mortes face ao grande aumento de casos positivos.
O primeiro-ministro argumentou que se sabem "quais os efeitos imediatos" do contágio com a variante ómicron, mas que "não é por ter efeitos imediatos menos gravosos que se deve desvalorizar a sua gravidade" porque "ninguém sabe os efeitos a longo prazo".
Recorde-se que, ainda hoje, o Governo anunciou novas medidas de contenção à pandemia, mantendo a obrigatoriedade de teletrabalho até pelo menos o dia 14 de janeiro.
A partir da próxima segunda-feira, dia 10 de janeiro, o acesso a espetáculos culturais e eventos com lugares marcados fica dependente da apresentação de certificado digital. Os certificados digitais a que o primeiro-ministro se referia são de vacinação e de realização de teste com resultado negativo.
Além disso, será exigido teste negativo obrigatório para acesso a grandes eventos, eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados, bem como a recintos desportivos (no caso destes últimos "salvo decisão da Direção-Geral da Saúde") a quem não tem dose de reforço há mais de 14 dias.
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