A Comissão Europeia apelou a mais esforços por parte das grandes plataformas digitais na luta contra a desinformação sobre as vacinas da COVID-19. O executivo da União Europeia (UE) apresentou relatórios sobre as medidas tomadas em maio pelas tecnológicas Facebook, Google, Microsoft, Twitter, TikTok e Mozilla e acredita que são necessários "dados mais detalhados" para compreender melhor as medidas tomadas pelas plataformas no combate à desinformação sobre as vacinas.

As diretrizes apresentadas pela Comissão em maio “permitirão que as lições aprendidas neste processo sejam traduzidas num quadro de monitorização robusto, que inclua indicadores de desempenho claros", acrescentou, num comunicado de imprensa divulgado hoje.

Segundo os relatórios, a ferramenta lançada em abril pelo Facebook teve mais de cinco milhões de participantes em todo o mundo durante o mês de maio, cujos utilizadores mostravam apoiar os medicamentos e encorajavam outros a serem vacinados.

A campanha da TikTok com o Ministério da Juventude italiano para promover a vacinação também teve destaque, para além do facto de os vídeos com palavras (‘hashtags’) relacionadas com vacinas terem aumentado dez vezes no mês de maio em toda a UE.

O Google lançou uma função específica no seu motor de busca que apresenta uma lista de vacinas autorizadas, estatísticas e informação em toda a UE, ao mesmo tempo que implementa informação adicional sobre centros e locais de vacinação autorizados.

O Bing, motor de busca propriedade da Microsoft, continua a mostrar um acompanhamento detalhado do progresso da campanha de vacinação quando um utilizador efetua uma pesquisa relacionada com este tópico.

Estas plataformas fazem parte do Código de Boas Práticas sobre Desinformação, um acordo autorregulador entre a UE e as empresas tecnológicas para combater a desinformação. Além disso, estas plataformas comprometeram-se a notificar mensalmente a Comissão Europeia dos seus esforços contra notícias falsificadas relacionadas com a pandemia.

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, disse esperar que as plataformas dediquem mais esforços para "assegurar" que o código de boas práticas se destaca como um instrumento dentro da legislação europeia sobre serviços digitais, mas considerou que a preparação mensal destes relatórios é um exemplo na direção certa.

"A pandemia recordou-nos a todos que informação adequada e oportuna pode salvar vidas e apoiar a recuperação", acompanhou a vice-presidente da CE para os Valores e Transparência, Věra Jourová.