As atualizações do sistema operativo e os patches de segurança são essenciais para manter os smartphones protegidos contra ameaças. Além da Apple, que lançou em dezembro atualizações urgentes para vulnerabilidades zero-day, a Google corrigiu recentemente mais de 100 falhas de segurança que afetavam smartphones Android, com duas delas a serem exploradas em ataques.

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No entanto, há um vasto número de equipamentos que está em risco por não ter capacidade de receber as mais recentes atualizações. Segundo dados recentes da StatCounter, mais de 30% dos equipamentos com o sistema operativo da Google usam o Android 13 ou versões anteriores, o que equivale a cerca de mil milhões de dispositivos potencialmente desprotegidos.

Em linha com estes dados, os especialistas da Zimperium apontam para um cenário preocupante. Segundo a mais recente edição do Global Mobile Threat Report, mais de metade dos smartphones usam versões desatualizadas dos seus sistemas operativos, com um número significativo de equipamentos comprometidos ou infectados com software malicioso. 

O relatório, relativo a 2025, indica que 61,2% dos equipamentos Android e 49,2% dos que usam iOS usam versões desatualizadas dos sistemas operativos. Ao todo, os especialistas estimam que 25,2% dos smartphones já não conseguem receber atualizações.

No ecossistema Android, 18,1% dos equipamentos já foram infectados com malware e 25,3% recorrem a aplicações instaladas fora das lojas oficiais, numa prática conhecida como sideloading, que aumenta significativamente a exposição a software malicioso.

Além do uso de sistemas operativos desatualizados e de apps encontradas fora das lojas oficiais, os especialistas realçam que os smartphones “desbloqueados”, com recurso a root no caso do Android ou jailbreak no caso do iOS, também tornam os equipamentos mais vulneráveis a ameaças. Ao todo, os especialistas estimam que 1 em cada 400 smartphones Android e 1 em cada 2.500 equipamentos iOS tenham sido “desbloqueados” este ano.

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