Cloudflare diz ter resolvido problema que deixou ChatGPT, rede social X e vários outros sites em baixo

Depois de um apagão na Amazon Web Services (AWS) e de falhas no Microsoft Azure, que causaram disrupções no acesso a vários serviços online, a Cloudflare enfrentou hoje um problema que deitaram abaixo múltiplos sites, incluindo redes sociais como a X.com (antigo Twitter) e plataformas como a da OpenAI e Spotify, avança a imprensa internacional.

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Na página de estado dos seus sistemas, a Cloudflare já tinha confirmado pelas 12h48 (hora de Lisboa) que estava ciente do sucedido e que estava a investigar um problema que impactava "potencialmente" múltiplos clientes. Horas depois da confirmação do problema, a tecnológica avança que conseguiu implementar uma correção. 

"Acreditamos que o incidente está agora resolvido", afirma a empresa. "Continuamos a monitorizar possíveis erros para garantir que todos os serviços voltam ao normal".

A empresa afirma, no entanto, que alguns clientes "poderão ainda estar a sentir dificuldades ao iniciar sessão ou ao utilizar o painel da Cloudflare". "Estamos a trabalhar numa correção para resolver a situação e continuamos a monitorizar quaisquer outros problemas", detalha numa atualização na página de estado dos seus sistemas.

Em declarações à Reuters, a empresa confirmou que viu um "pico de tráfego invulgar" num dos seus serviços pelas 12h20 (hora de Lisboa). "Isso fez com que parte do tráfego que passa pela rede da Cloudflare enfrentasse disrupções".

Várias plataformas e serviços online foram afetados pelo problema. Além da rede social X e do ChatGPT, contam-se ainda plataformas como Canva, Grindr e Spotify, bem como o jogo League of Legends e vários meios de comunicação social internacionais, incluindo Axios, The Information e Politico, avança o The Verge.

Como nota a imprensa nacional, as falhas também afetaram websites em Portugal. Segundo o ECO, cujo website chegou a estar em baixo, sites noticiosos como os da Agência Lusa, Observador e Diário de Notícias enfrentaram disrupções. A eles juntam-se outras plataformas que usam os serviços da Cloudflare, como o website da Worten, como o TEK Notícias verificou.

O próprio Downdetector, que recorre aos serviços da tecnológica norte-americana, também esteve em baixo momentaneamente, indica o website Windows Central. No entanto, como o TEK Notícias verificou mais tarde, a plataforma já parece ter recuperado. 

Segundo os dados do Downdetector, só nos Estados Unidos, pelas 11h46 (na hora de Lisboa) já se registavam 4.940 relatos submetidos por utilizadores de falhas nos serviços da Cloudflare. A maioria (67%) dos problemas relatados dizem respeito à ligação com o servidor. Já pelas 14h14, a plataforma registou um novo pico, com mais de 11 mil relatos de problemas. 

Recorde-se que, no caso do apagão na AWS, vários serviços, plataformas, redes sociais e jogos estiveram algumas horas em baixo. De acordo com a empresa, o problema teve origem numa falha no endpoint DynamoDB da AWS, na região US-EAST-1 (Virgínia do Norte), que afetaram os serviços alojados na plataforma de cloud. Apesar do problema ter sido detetado no centro de dados nos Estados Unidos, a infraestrutura de cloud da AWS foi afetada a nível global.

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Numa análise ao incidente, baseada em dados da plataforma DownDetector, a Ookla detalha que foram registados mais de 16 milhões de relatos de falhas por parte de utilizadores, um aumento de 960% em comparação com a média diária, às quais se juntam disrupções em mais de 3.500 empresas em 60 países.

Entre os países mais afetados destacam-se os Estados Unidos, com mais de 6,3 milhões de falhas registadas. Segue-se o Reino Unido, com com 1,5 milhões, a Alemanha com 774 mil, os Países Baixos com 737 mil e o Brasil com 589 mil. Já os serviços mais afetados foram o Snapchat, com cerca de 3 milhões, a própria AWS com 2,5 milhões, o Roblox com 716 mil, Amazon com 698 mil e o Reddit com 397 mil.

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Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 15h28)

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