Apesar dos temas sobre a cibersegurança ganharem proporções mais mediáticas com os recentes ataques informáticos à Vodafone, Visão, Grupo Imprensa e Parlamento Português, as preocupações por parte dos especialistas estão sempre presentes. O aumento de atividades ligadas a ciberataques, como o ramsonware estão a preocupar as autoridades em todo o mundo. Os especialistas afirmam mesmo que não se trata apenas do aumento, mas também da maior sofisticação dos ataques, com impacto crítico nas infraestruturas, esperando-se consequências devastadoras.
E pode-se ver o exemplo de como o ataque à Vodafone impactou outras estruturas vitais de Portugal, como foi o caso de alguns corpos dos bombeiros, onde se verificaram constrangimentos, tendo de recorrer à rede de comunicação SIRESP.
A Sky News avança que os líderes de cibersegurança dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália estão a alertar para os CEOs e membros da direção das organizações a começarem seriamente a se familiarizarem com os riscos associados a ciberataques e a garantirem que as suas equipas de Tecnologias de Informação estejam a tomar as ações corretas para aumentar a resiliência das suas infraestruturas.
O comunicado do aviso, que foi feito em conjunto pelas diferentes agências de proteção do ciberespaço, revela um aumento do perigo, a um nível globalizado, apesar de não terem sido divulgados os números dos ataques ou tentativas que contextualize esse aumento. Por outro lado, os conselheiros de segurança também dizem que as atividades criminosas no mercado negro têm aumentado, com a compra de equipamentos preparados para atividades de hacking, compra e venda de dados roubados e notas de extorsões de diversas formas.
Tal como aconteceu com Portugal, os especialistas internacionais afirmam que as infraestruturas críticas, como a saúde, estão entre as que estão mais em risco, uma vez que o impacto é imediato ao afetar a segurança das pessoas. Mas o risco é global, com ameaças com potenciais consequências devastadoras, salienta Lindy Cameron, chefe executivo do Centro Nacional de cibersegurança do Reino Unido (NCSC na sigla inglesa). As palavras são sublinhadas pelo seu congénere da NSA dos Estados Unidos, Rob Joyce, “quando uma estrutura crítica é tomada, correndo o risco de ser refém de hackers estrangeiros a operar de um local seguro de um país adversário, trata-se de um problema de segurança nacional”.
Os especialistas reforçam que os responsáveis pela defesa das redes devem tomar ações para mitigar os riscos. No entanto, reconhecem o desafio que os grupos de piratas informáticos apresentam, uma vez que operam fora dos países que são vítimas, os seus ataques têm uma taxa de sucesso elevada. De recordar que no caso de ontem com a Vodafone, a Polícia Judiciária tomou de imediato ação na procura de ajuda internacional para encontrar pistas do ataque em Portugal.
Por fim, os líderes das agências de cibersegurança afirmam que o ransomware vai continuar a ser uma rota atrativa para os criminosos, enquanto as organizações se mantiverem vulneráveis, e sobretudo, a continuarem a pagar os resgates pedidos, é referido pela Sky News.
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