A guerra na Ucrânia também se trava no campo cibernético. Um novo relatório da Microsoft analisa as tendências que marcaram o primeiro ano do conflito, sobretudo que táticas foram usadas pela Rússia e que pistas é que podem trazer para o futuro da guerra.

Os especialistas em segurança da Microsoft, desde o início do conflito que a Rússia usou pelo menos nove famílias de wipers e dois tipos de ransomware em ataques contra mais de 100 entidades governamentais e organizações do sector privado na Ucrânia.

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A tecnológica detalha que, graças a parcerias entre o sector público e privado na área da ciberdefesa, a Ucrânia conseguiu demonstrar a sua resiliência e defender-se da maioria dos ciberataques registados. No entanto, a Rússia continua a sua investida, focando-se, inclusive, no desenvolvimento de novas ameaças.

Por exemplo, em novembro de 2022, foi identificada uma nova variante do ransomware Prestige, utilizado anteriormente por atacantes russos do grupo IRIDIUM contra entidades na Ucrânia e Polónia em outubro desse mesmo ano. Os especialistas acreditam que a nova variante, que toma o nome Sullivan, poderá estar a ser preparada para ciberataques fora da Ucrânia.

Internet é um dos campos de batalha da guerra na Ucrânia. Que tendências marcaram os últimos 12 meses?
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A Microsoft realça que a Rússia tem vindo a ajustar as suas táticas e alvos de modo a expandir as suas capacidades de ataque. Para lá dos ataques com wipers e ransomware, os especialistas de segurança da empresa verificaram que as campanhas de spearphishing e a distribuição de software pirateado também fazem parte da estratégia russa.

Outra das facetas da investida russa passa pela ciberespionagem. Segundo o relatório, em 2023, a Rússia intensificou este tipo de atividades, visando pelo menos 17 países europeus, com um grande foco nas suas organizações governamentais.

As operações de influência também marcam o panorama. A Microsoft indica que, recentemente, a máquina de propaganda russa está a tentar impactar os refugiados ucranianos na Europa, de modo a convencê-los de que podem ser deportados e recrutados para o exército da Ucrânia. As operações de influência estão também a fazer com que as tensões subam na Moldávia.

Os especialistas da Microsoft alertam que, caso a Rússia assista a um novo revés no campo de batalha, ciberatacantes com ligações ao país poderão aumentar não só o número de ataques, mas também o número de alvos visados dentro e fora da Ucrânia, incorporando novas variantes de malware ainda mais destrutivas.

A guerra na Ucrânia dura há mais de um ano, tendo causado milhares de mortes e milhões de deslocados. O rasto de destruição dos últimos meses tem sido registado através de imagens de satélite, como pode ver na galeria que se segue.

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