Em comunicado, a AES refere que os mais recentes ciberataques deixaram marcas na sociedade portuguesa, tendo privado milhares de pessoas dos mais simples gestos do dia a dia, como, por exemplo, fazer pagamentos de forma eletrónica, como sucedeu no caso do ataque à Vodafone, que afetou a rede Multibanco.
"Embora as notas e as moedas nunca fiquem offline e possam ser utilizadas sem recurso a tecnologias adicionais, a AES sempre defendeu uma salutar convivência entre os diferentes métodos de pagamento apesar das inúmeras campanhas para acabar com o numerário", salienta aquela associação.
Segundo a AES, depois de ataques a empresas de comunicação social e de laboratórios, "os mais recentes episódios de ciberterrorismo vieram expor a dependência e a fragilidade de uma economia cada vez mais digital".
Assim, estando "os números e gravidade dos ciberataques a aumentarem exponencialmente, conforme revelam os dados mais recentes da Procuradoria-Geral da República", a AES reforça "a importância do numerário em cenários de crash eletrónico, garantindo que as empresas de transporte de valores vão continuar a assegurar que o dinheiro chegará aos diferentes setores da sociedade".
A AES manifesta ainda a sua condenação a "toda e qualquer forma de ataque à liberdade individual e coletiva, solidarizando-se com todos os que ainda se encontram condicionados devido aos últimos ciberataques realizados em Portugal".
Além do incidente que afetou a Vodafone, nas últimas semanas, ataques informáticos têm afetado várias organizações em Portugal. O primeiro atingiu a Impresa logo no dia 2 de janeiro, mas também o site da Assembleia da República e a Cofina foram alvo de ataques informáticos que em alguns casos levaram à destruição de dados ou à paralisação de serviços. Na semana passada, a Trust In News, dona da Visão, foi também alvo de uma tentativa de ataque, assim como os laboratórios Germano de Sousa.
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