Apesar de a sucessiva intervenção do governo chinês na internet não ser segredo, a sua extensão era, até agora, desconhecida. No entanto, de acordo com os mais recentes números publicados pelo Comité Permanente do Partido Comunista da China, esta questão fica, em parte, respondida.
Segundo os números, o governo bloqueou (ou revogou as licenças) a mais de 13 mil websites desde o início de 2015. Em adição, 10 milhões de contas e perfis online foram forçosamente encerrados por imposição do Estado. Deste último grupo, a maior parte dos alvos foram contas pertencentes a redes sociais.
"Proteger o mandato do partido, a duradoura estabilidade e paz do país, o desenvolvimento sócio-económico e os interesses pessoais do povo da China" são as razões oficiais apresentadas pelo governo para justificar esta postura intervencionista face à internet. Contudo, como sublinha a imprensa internacional, a maior parte dos esforços feitos neste domínio têm sido direcionados ao controlo dos canais privados de comunicação entre utilizadores e à censura de notícias online.
Aos números acima referidos, o Xinhua, que é um meio de comunicação social público, adianta que foram ainda suspensas 10 milhões de outras contas pertencentes a utilizadores que se recusaram a utilizar os seus nomes reais nos serviços a que estas pertenciam.
Recorde-se que em 2017 o governo implementou novas medidas para apertar ainda mais o controlo estatal sobre o domínio digital local. A proibição dos serviços de VPN é apenas um dos muitos exemplos.
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