A DECO Proteste divulgou hoje os resultados de um inquérito realizado pelo Grupo Euroconsumers a consumidores europeus sobre a relação e satisfação na utilização do ChatGPT. O estudo foi realizado através de dados recolhidos através de questionário online a cidadãos da Bélgica, Itália, Espanha e Portugal, sendo validadas 4.212 respostas.
Entre os resultados obtidos, o ChatGPT é bastante utilizado pelos inqueridos, destacando-se que um em cada dois utilizadores confirmou ter experimentando o ChatGPT ou outros sistemas de IA generativa. Na lista, 18% dizem que utilizam de vez em quando e 12% fazem-no com frequência. Arrumados por faixa etária, 75% dos utilizadores que já testaram a IA têm idades compreendidas entre os 18 e 34 anos. Já no grupo com idades entre 55 e 74 anos, apenas 29% dizem ter utilizado os sistemas.
Dos utilizadores que nunca experimentaram o ChatGPT, a principal justificação é nunca terem ouvido falar na tecnologia, seguindo-se as preocupações com a privacidade e em terceiro a falta de confiança nas respostas geradas. A pesquisa de informações é a principal razão na sua utilização para 68% dos inqueridos, 62% pelas necessidades de redigir textos, 37% utilizam para resumir a informação, 31% vão buscar inspiração à IA generativa e 25% das pessoas geram imagens com a tecnologia.
Esses utilizadores que usam o ChatGPT afirmam, de modo geral, que têm experiências sem complicações e a sua maioria está satisfeita com o serviço prestado, ou seja, 84% das respostas. A facilidade de registo e utilização, a fiabilidade das respostas geradas pela IA, assim como a eficiência a gerar conteúdos são algumas das razões apontadas. 15% dos utilizadores optam por aceder ao ChatGPT através do browser Bing da Microsoft. A introdução do sistema de IA no Bing parece ter sido bem aceite pelos utilizadores, considerando que 44% utilizam como ferramenta de pesquisa principal.
No que diz respeito à confiança do ChatGPT como fonte de informação, 31% afirmam ser credível e 73% estão satisfeitos com a confiança das respostas listadas. 33% dos utilizadores consideram que estas ferramentas de IA podem ajudar a economizar tempo em diversas áreas profissionais. No entanto, 34% dos inqueridos dizem que essa facilidade vai tornar as pessoas mais preguiçosas e 28% acham que vai gerar desemprego.
Sobre a confiança na privacidade destas ferramentas, 48% dos entrevistados confiam de forma moderada e 37% elevada. Ainda assim, 34% consideram que a IA poderá levar a um maior abuso de tratamento de dados privados. Sobre o controlo dos dados recolhidos, apenas 21% confiam nas autoridades europeias. E 30% consideram que tanto as autoridades europeias como nacionais deviam ter a opção de bloquear temporariamente o ChatGPT, no caso de interesses da Europa ou do país.
59% dos utilizadores entrevistados acreditam que os consumidores devem estar bem informados ao lidar com um sistema de decisão automática. Mas 27% afirmam não se sentirem muito bem informados. E 1 em cada 5 inquiridos consideram que a IA já está bastante presente no seu quotidiano. Por fim, apenas 1 em cada 10 dos inqueridos acredita que a legislação atual é adequada o suficiente para regular com eficiência as atividades baseadas em IA. Por fim, 55% consideram que a IA nunca deve ser utilizada para a vigilância dos cidadãos.
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