A GNR partilhou números estatísticos relativas às burlas registadas durante 2023, destacando o aumento dos crimes face ao ano anterior. Em 2022 foram registados 17.969 crimes de burla, dos quais se destacam as informáticas e nas comunicações com 6.518 casos e de fraude bancária com 2.630 registos. Em 2023, registou-se um total de 21.548 casos, sendo 7.303 relativas a burla informática e comunicações, e 3.079 fraudes bancárias.
O modo de atuação mais utilizado foi a compra e venda de bens, com 3.127 em 2023 em comparação com os 2.649 casos em 2022. As burlas com o MB Way diminuíram, com 1.337 casos em 2023 e 1.604 em 2022. E a fechar o pódio, as publicações na internet, seja através de posts ou vídeos, um aumento para 1.737 em 2023 conta os 1.484 casos em 2022. A GNR esclarece que os números de 2023 ainda são provisórios.
Nos dois anos em comparação, é destacado que os distritos do Porto, Setúbal e Lisboa foram os mais afetados, mas o registo de crimes de burla informática prevalece em todos os territórios do país. Outros distritos que ultrapassaram os 2.000 mil casos foram Aveiro e Faro, e mais de mil em Braga, Santarém e Viseu.
No sentido de alertar a população para os casos de burla, a GNR destaca que durante uma situação de compra e venda de bens deverá estar atento aos métodos de pagamento propostos. No caso de não conhecer os métodos, não aceite ou siga as instruções de estranhos. Deverá informar-se primeiro junto ao banco de qualquer novo tipo de pagamento que seja proposto.
Nunca adicione ou associe um número de telemóvel que não seja o seu ou que desconhece aos serviços bancários. Nem forneça dados confidenciais ou pessoais através de emails ou mensagens de SMS. Da mesma forma que não deverá clicar em ligações que recebeu. Deverá manter-se atento ao extrato da conta bancária com regularidade para detetar se existem movimentos estranhos ou que não reconhece.
Há um reforço para as burlas relacionadas com o MB Way que deverá estar sempre atento e no caso de ser abordado, deve sempre denunciar. Em 2023, a GNR e a PJ alertavam para um novo tipo de fraude, através de uma mensagem que refere uma parceria entre o MB Way e a Polícia Judiciária, incentivando as vítimas a clicarem no link partilhado, a fim de atualizarem as medidas de segurança do cartão Multibanco.
A GNR salienta que nas ocorrências com o MB Way, o suspeito contacta a vítima, mostrando-se interessado em comprar determinado produto que está à venda online, que os utilizadores colocam nas respetivas plataformas ou redes sociais. Depois refere que pretende efetuar o respetivo pagamento através de MB Way. A partir daqui as burlas podem-se processar de diferentes formas, sobretudo quando os burlões se apercebem que as vítimas não conhecem muito bem o funcionamento da aplicação. As pessoas são convencidas a irem a uma caixa Multibanco e seguir as suas instruções: associar o número de telemóvel do suspeito aos dados da sua aplicação, o que dará acesso à conta bancária ao burlão.
O burlão pode depois escolher a opção “Enviar dinheiro”, em vez de “Pedir dinheiro” e quando a vítima desconhece o processo, vai aceitar, pensando que está a receber o pagamento do bem vendido, quando está, na realidade, a enviar o valor ao burlão.
Novas burlas relacionadas com compra e venda de veículos
As principais vítimas, que são escolhidas aleatoriamente, são as pessoas que colocam artigos à venda nas redes sociais e outras plataformas para o efeito. Mas a GNR alerta para um outro modo de operar pelos burlões que é menos divulgado, a compra e venda de veículos.
Os burlões escolhem um vendedor online e contacta-os com o interesse na viatura. Entre o contacto e o encontro marcado com o proprietário, o suspeito coloca a referida viatura à venda online como sendo seu, mas por um valor muito inferior ao preço do mercado, o que aumenta o interesse no mesmo.
No dia da marcação da visita e teste ao automóvel, o suspeito contacta o proprietário do mesmo, informando que não será ele a vê-lo, mas sim outra pessoa, sendo que não devem ser mencionados valores monetários. Após a visita, o suspeito informa o proprietário que quer comprar o veículo e que lhe vai fazer uma transferência bancária, enviando um comprovativo de transferência (não efetivada). Na posse dos documentos do veículo, o suspeito negoceia a venda à vítima que fez a visita ao automóvel.
Quando o proprietário se apercebe que a transferência não foi feita, já o suspeito vendeu e mudou o proprietário do veículo à pessoa burlada. Esta burla lesa o proprietário e quem compra ao engano o veículo.
Mais uma vez a GNR alerta para desconfiar de preços muito abaixo do mercado, as identidades do vendedor e comprador, os intermediários e apurar todos os detalhes do negócio. Mais importante, no caso da venda, deve verificar se o dinheiro entrou mesmo na conta antes de entregar os documentos do automóvel.
Se for vítima de burla, deve denunciar no posto policial na área de residência ou via eletrónica no website das queixas.
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