A Google vai restringir a capacidade de respostas do seu assistente digital Bard durante o período de campanha eleitoral nos Estados Unidos, que será também um período pré-eleitoral em vários outros países do mundo, incluindo Portugal, a Índia e outros.
A restrição entra em vigor no início do próximo ano e vai afetar as perguntas e respostas relacionadas com temas eleitorais, estendendo-se a toda a experiência de pesquisa de informação através das ferramentas da empresa baseadas em inteligência artificial generativa.
“A partir do início do próximo ano, em preparação para as eleições de 2024 e por uma questão de precaução relativamente a um tópico tão importante, iremos restringir as respostas do Bard e do SGE (Search Generative Experience) a perguntas relacionadas com as eleições”, refere a nota divulgada pela empresa.
Na mesma nota, a Google explica que pretende continuar a trabalhar na segurança das suas plataformas, de forma a garantir que podem ser usadas para ajudar os utilizadores a tomarem decisões mais informadas. Sublinha que pretende fazê-lo “com um foco cada vez maior no papel que a inteligência artificial pode desempenhar” em temas sensíveis como este.
A Alphabet, dona da Google, não é o primeiro gigante da internet a posicionar-se para as eleições, que nos Estados Unidos se esperam renhidas em 2024 e que desta vez coincidem com atos eleitorais igualmente importantes em várias partes do mundo.
A Meta, dona do Facebook, também já esclareceu o que vai e não vai permitir nas suas plataformas, por exemplo, ao nível dos anúncios. Quem quiser fazer publicidade de teor político ou social na rede social, com recurso a inteligência artificial, terá de o assinalar nas mensagens, para que isso seja claro para quem vê. Esta obrigação também será impostas nas plataformas da Alphabet.
Nos Estados Unidos, as redes sociais do grupo voltarão também no próximo ano a bloquear a entrada de novos anúncios uma semana antes das eleições, para não correrem o risco de disseminar informação que venha a ser justamente contestada, sem tempo para a retirar do ar.
Por seu lado, a X (ex-Twitter) vai dar um passo no sentido oposto e voltará a abrir as portas da rede social à propaganda, que estava proibida desde 2019 a nível global. Nos Estados Unidos partidos e candidatos voltam a poder anunciar na X. A empresa garante, no entanto, que vai reforçar as equipas que monitorizam os conteúdos políticos na plataforma, antes das eleições.
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