No seu mais recente estudo, a Sophos revela que os crescentes desafios de segurança durante a pandemia de COVID-19 ofereceram às equipas de TI uma oportunidade para desenvolverem as suas competências de cibersegurança.
Os dados dão a conhecer que, entre os inquiridos que indicaram que as organizações a que pertencem enfrentaram aumento de ciberataques, 82% afirmaram que reforçaram as suas capacidades e conhecimentos de segurança. O mesmo se aplica a 84% dos membros de equipas de TI que experienciaram um aumento da sua carga de trabalho em matéria de cibersegurança.
Ao longo de 2020, 61% das equipas de TI reportaram um aumento no número de ciberataques direcionados às suas organizações. O aumento de ciberataques durante a pandemia impactou as competências de segurança em todos os setores do mercado analisados pela investigação, incluindo educação (83%), retalho (85%) e saúde (80%).
As exigências às equipas de TI também aumentaram, com a carga geral de trabalho a aumentar para 63% dos inquiridos. Já 69% das equipas registaram um aumento na carga de trabalho de cibersegurança.
Apesar dos desafios criados pela crise de saúde pública, o estudo, que abrangeu 5.400 decisores de TI em organizações de média dimensão em 30 países na Europa, América, Ásia-Pacífico e Ásia Central, Médio Oriente e África, detalha que 52% das equipas inquiridas afirmaram que a sua moral aumentou em 2020.
A investigação indica que, frequentemente, a moral das equipas parece ter aumentado em linha com uma maior carga de trabalho e ataques mais intensos. Por exemplo, as vítimas de ransomware registaram um maior aumento da moral do que as equipas que não foram atacadas (60% vs 47%).
A moral das equipas foi também influenciada por circunstâncias externas e pessoais durante a pandemia, como os confinamentos locais ou a impossibilidade de ver a família. Porém, as conclusões sugerem que um propósito comum, traduzido num sentimento de valor ao enfrentar as adversidades em conjunto, ajudaram as equipas de TI a ficar mais ligadas e motivadas.
Muitas das organizações parecem ter entrado em 2021 com planos para aumentar a dimensão das suas equipas de TI internas e de outsourcing, e para abraçar o potencial de ferramentas e tecnologias avançadas. A investigação conclui que 68% das equipas de TI preveem um aumento da equipa interna de segurança de TI até 2023, e 56% antecipam que as equipas de segurança de TI externas também cresçam ao longo do mesmo período de tempo.
92% dos inquiridos esperam que a inteligência artificial ajude a lidar com o aumento crescente e a complexidade das ameaças: algo que pode dever-se, em parte, ao facto de 54% das equipas de TI acreditarem que os ciberataques são agora demasiado avançados para serem sem ajuda exterior.
Em comunicado, Chester Wisniewski, Principal Research Scientist da Sophos, afirma que “2020 foi um ano sem precedentes para as equipas de TI em todo o mundo”. “Os profissionais de TI desempenharam um papel vital, ajudando as organizações a prosseguir o seu caminho apesar das restrições e limitações impostas pela COVID-19”.
O responsável indica que muito do apoio “foi proporcionado a grande velocidade, com equipamentos e recursos limitados à disposição e enquanto enfrentavam uma onda crescente de ciberataques contra a sua rede, endpoints e colaboradores”.
À medida que “cada vez mais países estão a começar a planear a vida após as restrições da pandemia” Chester Wisniewski acredita que há uma “excelente oportunidade” para tomar medidas como a implementação de novas políticas e ferramentas de TI e segurança, a construção de equipas especializadas e a introdução de “plataformas de segurança que combinam a automação inteligente com os conhecimentos de threat hunting dos humanos”. “Não é possível voltar atrás. O futuro poderá ser tão sem precedentes quanto o passado”, enfatiza.
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