Ao fim de uma década, a Alphabet decidiu pôr fim à Loon, o projeto que nasceu no seu laboratório secreto de inovação e que tinha como objetivo disponibilizar acesso à Internet em zonas mais remotas do mundo através de balões”.
Em comunicado, Alastair Westgarth, CEO da Loon, que marcou presença na edição de 2020 do Web Summit, explica que a decisão se relaciona com o facto da empresa não ter encontrado um modelo de negócios verdadeiramente sustentável, não conseguido baixar os custos de forma a poder continuar com a sua operação.
“Desenvolver novas tecnologias radicais é inerentemente arriscado, mas isso não torna esta notícia mais fácil de se dar. Hoje, é com grande tristeza que partilho que a Loon vai chegar ao fim”, afirmou o CEO da empresa.
A Loon indica que, apesar de deixar para trás a sua missão, criou um fundo de 10 milhões de dólares para ajudar organizações sem fins lucrativos, empresas especializadas em serviços de internet, empreendedorismo e educação no Quénia.
Clique nas imagens para recordar a evolução da Loon
Recorde-se que ainda no ano passado, a empresa lançou o seu primeiro serviço comercial de Internet no Quénia, após ter conseguido a aprovação da autoridade de aviação do país e dois anos depois de a Alphabet e a Telkom Kenya terem firmado uma parceria para disponibilizá-los nas zonas rurais do país através dos balões de ar da Loon.
Já em outubro, a Loon revelou que um dos seus balões permaneceu no ar por 312 dias, estabelecendo um novo recorde de voo, batendo a anterior marca de 223 dias.
O balão partiu do Porto Rico em maio de 2019, navegando para o Peru, onde permaneceu para fazer testes de serviço durante três meses. A sua jornada continuou para o sul do Oceano Pacífico, onde esteve durante sete meses. Por fim, rumou ao México, aterrando em Baja, em março de 2020, somando um total de 217 mil quilómetros percorridos em 10 meses.
Nos últimos anos a Loon permitiu que operadores de rede no Peru e Porto Rico usassem os seus balões para ultrapassar a falta de torres de comunicações móveis em situações de desastre natural, mas sempre de forma gratuita.
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