A Xiaomi apresentou durante dois dias novos modelos de smartphones, incluindo o seu primeiro equipamento dobrável Mix Fold. Durante um discurso emocionado sobre a sua história antes de abrir a Xiaomi e as decisões difíceis que tomou ao longo da carreira, Lei Jun referiu que fez um investimento em 10 empresas de veículos elétricos, incluindo a Tesla. Em janeiro de 2021 a empresa começou a investigar as suas próprias soluções de automóveis elétricos, colocando na mesa a possibilidade de construir o seu veículo, dada a sua experiência tecnológica e conetividade. Durante a sua investigação, descobriu grandes ligações entre automóveis e smartphones.
"Um automóvel é um smartphone com quatro portas", salientou com humor. Muitos aconselharam o líder da Xiaomi a não investir neste negócio, por ser um mercado volátil e onde é fácil falhar. Este impasse tem sido o maior dos seus problemas nos últimos tempos, com 100 razões para avançar de dia, mas de noite, em reflexão, outras 100 para não investir, explicou o CEO da Xiaomi. Durante o evento, a empresa mostrou uma caravana totalmente equipada com equipamentos da Xiaomi, construída em especial para ajudar a concretizar um sonho de um fã que queria viajar pelo mundo.
O discurso continuou com Lei Jun a mostrar um livro oferecido por um fã, que não era mais que um caderno com centenas de autocolantes dos produtos da Xiaomi qua adquiriu nos últimos seis anos, num elevado valor de investimento. E a mensagem: "se construir um carro, eu vou comprar". O suspense aumentou, sem que o patrão da Xiaomi dissesse as palavras mágicas. Estará mesmo a empresa interessada em lançar um automóvel elétrico? Sim, a Xiaomi confirmou a decisão tomada hoje pelo quadro de acionistas, que a empresa vai produzir o seu veículo elétrico.
Nada foi revelado em concreto, mas os planos da empresa passam pelo investimento nos próximos 10 anos de 10 mil milhões de dólares nesta indústria, numa nova subsidiária da empresa. Este novo investimento será liderado pelo próprio Lei Jun.
De recordar que a Xiaomi esteve em conversações com a Great Wall Motor, a maior construtora de veículos na China, para utilizar uma das suas fábricas para desenvolver os seus automóveis elétricos, segundo algumas testemunhas. Foi referido que a fabricante quer direcionar e democratizar os automóveis elétricos ao público geral, posicionando-se de forma semelhante ao que tem feito no geral com os seus produtos eletrónicos. Também foi referido que a Great Hall seria a consultora de engenharia para acelerar o projeto.
Nota de redação: artigo atualizado com mais informações. Última atualização 14h47.
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