Os televisores são uma das principais bandeiras desta CES 2024 e as fabricantes mostraram as suas propostas com tecnologias que esperam tornarem-se tendências de 2024 para à frente. Nota-se que as fabricantes pretendem o melhor dos dois mundos: oferecer modelos com ecrãs “gigantes”, mas ao mesmo tempo não serem um mono na sala de estar, ocupando demasiado espaço. E por isso existem propostas com ecrãs transparentes, dobráveis ou mesmo projetores que dispensam por completo os displays.
É também visível a forma como os televisores ocupam cada vez mais o lugar de elemento de decoração, seja na parede, transformando-se numa moldura multimédia quando não está em utilização ou objetos para ter em cima do móvel. No caso das molduras, o conceito não é novo e a LG e a Samsung têm linhas específicas para esse propósito. Mas este ano a Hisense também pretende oferecer essa opção nos seus modelos, que graças à compatibilidade de fixação VESA podem ser penduradas como quadros na parede.
Projetores e televisores com tamanho gigante para a sala de estar
A Hisense continua a expandir a sua oferta de televisores, destacando o aumento da sua quota no mercado, destacando as suas soluções de Laser TV, que já dispensam telas, podendo projetar a imagem numa parede com a mesma qualidade dos melhores modelos disponíveis.
A mobilidade do projetor, agora mais pequeno e compacto, marca a sua estratégia de colocar um ecrã onde for preciso no lar das pessoas, não necessariamente para entretenimento, mas em eletrodomésticos onde faça o sentido. A fabricante pretende construir tecnologia de ecrãs com um propósito para todos.
A Samsung também apresentou o The Premier 8K, um projetor de Laser TV com uma capacidade de 8K e com um pico de brilho de 1.100 nits. Este projetor é wireless e tem um sistema de som com 100 W, através de uma configuração de canais 8.2.2, com suporte a som espacial Dolby Atmos.
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Os projetores convencionais começam a ser uma alternativa viável no catálogo das fabricantes, como é o caso do LG CineBeam Qube. Este projetor é portátil e com um design minimalista, que pode funcionar como adereço da sala de estar. Mas oferece imagens a 4K (3840x2160) projetadas a um máximo de 120 polegadas numa parede. E o seu espectro de cores é 154% compatível com a palete DCI-P3. A LG diz que pretende oferecer imagens e conteúdos na mesma visão dos seus criadores.
A LG levou uma grande variedade de produtos para a sala de estar para a CES. E obviamente que a inteligência artificial passa a fazer parte do processador dedicado α8 AI, nos novos modelos QNED. O tamanho do ecrã mede-se às polegadas e a LG levou modelos até 98 polegadas, prometendo melhorias da imagem, som e mais brilho com a ajuda da IA. Os ecrãs MiniLED estão em cada vez mais modelos e até em outras marcas, numa tentativa de democratizar esta tecnologia que ainda é cara.
A fabricante sul-coreana pretende expandir a sua estratégia para o sistema operativo para televisores, o WebOS, atualizando modelos mais antigos até 2022, através do programa WebOS Re:New. A ideia é expandir o televisor para lá do entretenimento, criando uma plataforma para base de uma transformação empresarial, com serviços e conteúdos selecionados. Os televisores da marca estão também entre os primeiros (juntamente com a Hisense e TCL) a receber a tecnologia de Fast Pair da Google, para emparelhamento rápido com smartphones e poder transmitir conteúdos do TikTok diretamente para o grande ecrã.
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Se é para falar em tamanho, a TCL anunciou também um vasto alinhamento de televisores onde se inclui o “golias” QD MiniLED TV com 115 polegadas. O modelo 115QM89 vai obrigar a pegar na fita métrica em casa para perceber se tem espaço para colocar este colosso, considerado o maior ecrã do mundo. Este tem 20.000 zonas de escurecimento, 5.000 nits de brilho e é alimentado pelo processador TCL AIPQ Ultra. E tal como outras fabricantes foram feitos esforços para aumentar o brilho dos ecrãs.
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A Hisense esperava que o seu televisor 110UX de 110 polegadas fosse o maior da CES, talvez não esperasse a surpresa da rival TCL, até porque a Samsung já tem um modelo de 2022 com o mesmo tamanho. No entanto, o modelo apresenta 10.000 nits de pico de brilho e o dobro das zonas individuais de escurecimento que a TCL, ou seja, 40.000 para um contraste mais salientado. Ainda assim, não deixa de ser impressionante o crescimento dos ecrãs na sala de estar.
A chegada dos televisores com ecrãs transparentes e dobráveis
Depois dos dobráveis e enroláveis, a CES 2024 testemunhou a apresentação de televisores com ecrãs transparentes. A Samsung revelou um protótipo de um televisor com tecnologia MicroLED em ecrãs transparentes. A demonstração mostrou imagens de salpicos de tinta no ecrã, mas o ecrã não escondia os objetos que estão por trás, como um quadro com um jornal.
Para que servem ao certo não foi detalhado, mas a fabricante espera utilizações tanto no segmento de consumo como B2B. Mas o objetivo parece querer fundir conteúdos com a realidade, ficando a sensação de um holograma a “flutuar” no ar. A Samsung partilhou três amostras, com diferentes tamanhos, da tecnologia de ecrãs transparentes, dois deles assentes em vidro fumado.
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Igualmente da Coreia do Sul chega outra proposta de um ecrã transparente. Neste caso foi a LG que introduziu um OLED wireless que parece um verdadeiro aquário quando colocado numa estante. O ecrã tem capacidade de 4K e um tamanho de 77 polegadas. E este não se tratou de um protótipo, mas sim do modelo OLED T, que deverá ser a primeira com esta tecnologia a chegar ao mercado, ainda antes do final de 2024.
O modelo da Samsung parece ter um ecrã fixo, mas no caso da LG, a unidade tem um ecrã de contraste que pode ser recolhido e dobrado na caixa na base do televisor. Esta base esconde ainda os altifalantes e outros elementos para o equipamento funcionar, conectado à Zero Connect Box, usando ligações sem fios.
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Se a TCL pretende ganhar o “prémio” do televisor com o maior ecrã, com 115 polegadas, este poderia ser atribuído quando se fala de um modelo convencional. Mas o N1 tem 137 polegadas de ecrã, com capacidade de se dobrar. O televisor dobrável foi construído pela austríaca C SEED e quando não tem o ecrã estendido parece uma escultura em forma obelisco inclinado.
O televisor desdobra-se com recurso a um sistema automatizado. Através dele, a base da TV começa por rodar a 90°, elevando-se para uma altura de pouco mais de 2 metros. De seguida, desdobram-se os cinco painéis que compõem o ecrã, que, uma vez aberto, consegue rodar 180 graus tanto à esquerda como à direita. O ecrã conta com tecnologia MicroLED e resolução 4K, além de suporte a HDR10+ e conta com tamanhos de 165 e 103 polegadas.
O SAPO TEK está a seguir tudo o que se passa na CES 2024, com os principais anúncios que marcam tendências para este ano e os próximos, mas também os gadgets mais curiosos que sempre surgem nestas feiras. Acompanhe tudo no dossier da CES 2024.
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