O aviso já tinha chegado pela boca de Sophia, a primeira inteligência artificial da história a receber cidadania, que, no Web Summit, explicou que os robots não vão fazer mal aos humanos, mas “vamos tirar-vos os empregos”.
Agora, um relatório do McKinsey Global Institute revela que entre 400 a 800 milhões de trabalhadores de todo o mundo poderão perder os seus empregos para os robots e para a automatização em 13 anos, o equivalente a mais de um quinto da força de trabalho global atual.
Operadores de máquinas, trabalhadores do sector de fast-food e funcionários administrativos estão entre os que serão mais afetados, assim como os países mais desenvolvidos, como os EUA, com cerca de 25% do trabalho a ser automatizado em comparação com os 9% em países emergentes, como a Índia.
Esta diferença é explicada pelo facto dos países menos desenvolvidos terem muita mão de obra barata e menos recursos financeiros para investir na automatização, o que, como indica a Wired, poderá significar que as suas classes médias continuarão a prosperar por mais tempo do que as de países desenvolvidos.
O estudo refere ainda que, apesar de haver empregos de transição, em muitos casos será necessária a aprendizagem de novas habilidades e funções. Mas, segundo Susan Lund, co-autora do relatório, “na maioria dos casos, haverá trabalhos suficientes para todos nós”.
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