À conversa no Web Summit estiveram quatro líderes de empresas de mobilidade, incluindo Brad Bao, CEO da Lime, Corinne Vigreux, o fundador da Tom Tom, Xiaodi Hou, CTO da TuSimple e Sam Zaid CEO da Getaround. O objetivo da talk era fazer um exercício de projeção de como será a indústria da mobilidade em 2025 e até onde poderá evoluir a indústria dos carros autónomos, os serviços de car sharing, a conectividade, o mapeamento e a micro-mobilidade.
“É fascinante pensar no futuro, até porque temos a responsabilidade de trazer as melhores soluções e cada vez mais personalizações mediante as necessidades, seja para um encontro romântico à noite ou uma viagem de negócios”, refere Sam Zaid. A conectividade dos smartphones vai influenciar cada vez mais os fabricantes de automóveis a integrá-los de origem.
Tendo em conta que os carros não vão mudar muito, Brad Bao acredita que 2025 vai ser apenas metade do caminho daquilo que vai ser a oferta, vão haver ideias cada vez mais divertidas para as necessidades das pessoas. Pensa ainda que a partilha seja a principal solução para o futuro, onde todos podem aceder aos veículos. O uso da eletricidade em vez do combustível é um factor de mudança que já está a acontecer, refere também o empresário.
Brad Bao acredita ainda que todas as cidades onde é instalado a Lime depende das parcerias locais para o seu sucesso, e são essas que vão permitir aumentar este tipo de negócio no futuro. Corinne Vigreux nota que no futuro vai diminuir o número de sinistros e mortes na estrada, sobretudo pelo compromisso da Tom Tom em gerar dados cada vez mais assertivos sobre o estado da estrada, do trânsito, em tempo real, para tornar as viagens mais seguras. E não só o tráfego, mas as condições para que os veículos de “última milha” possam trabalhar mais eficazmente.
Para Xiaodi Hou a condução autónoma dos camiões de transporte de encomendas vão ser uma realidade, pois já estão a ser preparadas as infraestruturas nas autoestradas para tal. Mas para a condução urbana ainda tem de ser mais bem trabalhada. Corinne refere que o GPS não é bom o suficiente para manter assertividade e é necessário mais dados e sensores nos carros para melhor alimentar os mapas, tais como por exemplo, relatar as condições meteorológicas. E para isso é necessário IA, Big Data e grande processamento de dados para fazer sistemas de navegação cada vez mais eficazes. “Conduzir é divertido, mas deve ser seguro e isso só é possível com mapas cada vez mais detalhados para assistir os condutores”, remata a chefe da Tom Tom.
E onde se insere a tecnologia 5G, será um requerimento para a condução do futuro? Xiaodi Hou considera a importância, mas refere que não se pode confiar totalmente na conectividade 5G, pois a qualquer momento pode haver quebras de sinal. A condução autónoma não pode depender do 5G para trabalhar, mas obviamente que melhora a experiência, mas não garante a segurança. Corinne destaca que a velocidade da conectividade irá melhorar pelo menos a navegação, sobretudo a possibilidade de atualizar automaticamente os dados dinâmicos necessários para os sistemas serem eficientes. “Veja-se já atualmente, a maior parte das pessoas já utiliza sistemas de navegação nos seus carros”, destaca.
Corinne realça ainda que é difícil adivinhar o futuro, mas que todas as empresas do sector têm a missão de oferecer às cidades as melhores soluções de transporte. Na Europa, devido à sofisticação dos transportes, as marcas começam a unir esforços durante a fase de conceção das viaturas, seja para uso urbano, como para as estradas mais rápidas, conclui a líder da Tom Tom.
O Web Summit visto pelo SAPO TEK
O SAPO TEK está a acompanhar o Web Summit e para além das notícias de antecipação, nos próximos dias vai trazer os temas e as tendências mais relevantes. Encontramo-nos pelo Web Summit ou Night Summit?
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