Desenvolver tecnologias que permitam melhorar o desempenho dos sistemas de previsão da produção de energia renovável em pelo menos 15%. É este o objetivo do Smart4RES, um projeto financiado pela Comissão Europeia e que conta com 12 instituições de seis países europeus, sendo as nacionais o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e o Centre for New Energy Technologies (EDP CNET).
No comunicado divulgado às redações, o INESC TEC explica que as tecnologias que irão ser desenvolvidas envolvem vários tipos de modelos, nomeadamente de previsão metereológica, aprendizagem automática para previsão da potência de base renovável através da combinação de diferentes fontes de informação, como satélites, e modelos de previsão e ferramentas de inteligência artificial para apoio à decisão baseadas em dados para otimização de armazenamento, gestão da rede elétrica e participação no mercado de eletricidade.
Estas tecnologias vão ser testadas em sete países europeus, com Portugal a ser um dos eleitos, juntamente com a Grécia, Roménia, França, Alemanha e Holanda. Numa outra fase pretende-se que as tecnologias sejam exploradas comercialmente pelos parceiros industriais do projeto, com negócios na venda de serviços de previsão, como é o caso da empresa alemã EMSYS, da francesa Météo-France, da empresa norueguesa DNV GL e empresa holandesa Whiffle.
No comunicado, o coordenador adjunto do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC explica que o projeto vai "produzir um conjunto de inovações na área da integração de energia de fontes renováveis", tendo como grande objetivo o desenvolvimento de novos algoritmos e modelos de negócios para previsão da produção de base renovável e integração em vários processos de ajuda à decisão, nomeadamente no que diz respeito à gestão da rede elétrica, participação no mercado de eletricidade ou otimização de sistemas de armazenamento.
"Enquanto instituição de I&D vamos, sobretudo, contribuir para o desenvolvimento das tecnologias de previsão de potência e apoio à decisão”, conclui Ricardo Bessa.
Ao cumprir com esse objetivo, o projeto financiado em cerca de quatro milhões de euros pretende contribuir para um aumento da integração da produção das energias renováveis. Em termos de impacto para a sociedade o objetivo é reduzir as emissões de CO2, o impacto no desempenho das redes elétricas e nos preços de mercado de eletricidade.
Coordenado pelo instituto de I&D francês ARMINES, o Smart4RES inclui dois parceiros portugueses, duas instituições francesas, outras duas alemãs e gregas e duas instituições holandesas. Este projeto recebeu financiamento do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia.
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