A Universidade de Aveiro acaba de receber a confirmação de que o seu projeto, submetido ao concurso NATO StratCom, foi o escolhido na fase final, disputada juntamente com a Universidade de Torino e uma startup da Lituânia. O objetivo do projeto é encontrar soluções para combater o uso malicioso de vídeos e fotografias na Internet, assim como mensagens extremistas. A equipa portuguesa foi destacada na final, no Centro de Excelência de Comunicação Estratégicas da NATO, em Riga, na Letónia, no último dia 10 de dezembro.
O objetivo da NATO é detetar conteúdo malicioso em vídeos ou fotos online, que pode ir desde propaganda política extremista até à descontextualização ou modificações de imagens. Nesse sentido, a competição foi lançada aos investigadores de todo o mundo para apresentarem as suas soluções de combate.
A ideia vencedora, apresentada pela equipa da Universidade de Aveiro, consistia no desenvolvimento de um sistema capaz de analisar imagens, tanto em vídeo como fotografias, em três etapas. Na primeira o sistema quer esmiuçar os objetos, e para tal, no final da análise todos os objetos presentes nas imagens estejam rastreados de forma que sejam ou não identificados aqueles que podem estar ligados a grupos extremistas.
O segundo passo do processo é verificar se as imagens são originais ou se sofreram qualquer tipo de manipulação. Por fim, o sistema “detetive” da UA terá de ser capaz de analisar a informação extraída das imagens, enquadrada com eventuais mensagens que possam acompanhar como mensagens ou comentários associados nas redes sociais.
Essas informações serão depois classificadas quanto ao risco, através de um sistema que utiliza técnicas de mineração de dados (exploração de grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes) e classificadores (treino de algoritmos para aprenderem os padrões e fazerem previsões a partir de dados).
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