A inteligência artificial é a "próxima grande tendência tecnológica" e a educação (20%), a saúde (15%) e a indústria (14%) os três segmentos que mais que podem beneficiar dela, na opinião de grande parte dos millennials em todo o mundo.

Estas são algumas das conclusões que estão entre os resultados da edição de 2017 do Global Shapers Annual Survey, uma iniciativa do World Economic Forum, que contou com mais de 31 mil participantes de 186 países, de idades compreendidas entre os 18 e 35 anos, que partilharam a sua visão sobre diferentes áreas, desde a economia à política.

Para 79% dos jovens inquiridos a tecnologia está a criar empregos, por oposição aos 21% que consideram que está a destruí-los. De qualquer modo, o trabalho e a carreira são apontados como os aspectos que a tecnologia mais vai influenciar na próxima década, seguidos da educação (45%), das viagens e da mobilidade (38%) e das compras e estilo de vida (32%).

A inteligência artificial, por sua vez, foi votada como a "próxima grande tendência tecnológica", com 28% das opiniões, seguida da biotecnologia (12%), da Internet das Coisas (9%), da robótica (9%) e dos carros autónomos (7%).

Mas há alguns limites a este “entusiasmo tecnológico” entre os jovens. Por exemplo, 44% rejeitam a ideia de ter um implante na pele para aumentar as suas capacidades e 50% não apoiam a criação de direitos para robots humanoides. A escolha da resposta "Sim" teve apenas 14% dos votos, enquanto 36% escolheram "Talvez".

Além disso, parece que os millennials afinal não querem largar o volante do carro, quando a maioria dos participantes (51%) respondeu discordar ou discordar fortemente sobre se confiariam nas decisões tomadas por um robot no seu lugar.