O contexto histórico dá uma ajuda nas previsões da IDC, que antecipa um ano com números positivos para 2024, em linha com o que outras consultoras já tinham estimado. As entregas de computadores no terceiro trimestre de 2023 ultrapassaram as expectativas mas o volume ainda ficou abaixo do registado no mesmo período de 2022, o que afetou também os números globais do ano.

"Devido às condições atuais, e ao ambiente macroeconómico, a IDC baixou a previsão para o mercado mundial de PC. O volume de entregas agora deverá cair 13,8% face a 2022, que por sua vez teve uma redução de 16,6% em relação ao ano anterior", explica a consultora.

A reposição de stocks, sobretudo para consumo, e a antecipação da escalada de preços em países como a Índia, onde o Governo estava a preparar a aplicação de uma taxa a importações, pode ter afetado os números do terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, a redução dos orçamentos de TI também levou a que a área de negócio empresarial se ressentisse.

Os últimos dois anos foram de quedas de dois dígitos no mercado, depois de um crescimento significativo durante a pandemia de COVID-19, quando empresas e particulares reforçaram o parque de computadores para se prepararem para o teletrabalho e modelos híbridos de educação.

A IDC espera agora uma recuperação em 2024 e que terá continuidade até 2026, com a combinação de fatores como o ciclo de refrescamento das bases instaladas, a integração de Inteligência Artificial e a evolução do mercado de consumo. 

Esta é a previsão para o mercado da educação

Previsão de crescimento da IDC para o mercado de educação
créditos: IDC

A consultora defende que as empresas vão ter de renovar os seus computadores com a pressão de fazerem a atualização para o Windows 11 e que a integração de capacidades de Inteligência Artificial será um catalizador para os upgrades.

Depois de 2024 a tendência de crescimento estende-se a 2027, quando o volume de vendas globais deverá atingir 287 milhões de unidades, ultrapassando números pré-pandemia.