José Germano de Sousa adiantou já, em declarações à SIC Notícias, que fundamentalmente foram afetados os serviços ao cliente, e que alguns postos tiveram instabilidade importante desde manhã, que foram monitorizados por equipas de cibersegurança. "Por uma questão de segurança optámos por fazer o bloqueio de um número importante de postos", explica.
O administrador do grupo diz ainda que as bases de dados não foram afetadas, e não houve comprometimento dos dados dos clientes. O administrador fala num ataque de malware, por um vírus informático.
"Hoje é um dia importante de diagnóstico e restruturação de dados", mas o administrador lembra que isso implica uma paragem dos sistemas, o que vai ter que acontecer.
A cibersegurança do grupo é gerida em outsourcing que recebeu um alerta logo de manhã. A PJ já fez um pedido de dados que têm de ser consolidados.
A notícia foi avançada esta manhã pela CNN Portugal e pela RTP ainda sem muitos detalhes, que foram sendo conhecidos ao longo da manhã. A informação que foi divulgada indica que se tratará de um ataque de ransomware mas que os dados dos clientes do laboratório podem não ter sido atingidos.
O ataque informático será mais um a juntar à lista dos que têm afetado várias organizações de grande relevo nas últimas semanas. O primeiro atingiu a Impresa logo no dia 2 de janeiro mas também o site da Assembleia da República, a Cofina e esta semana a Vodafone foram alvo de ataques informáticos que em alguns casos levaram à destruição de dados ou à paralisação de serviços. Já ontem a TIN, dona da Visão, foi também alvo de uma tentativa de ataque.
No caso dos laboratórios Germano de Sousa os primeiros dados indicavam que se trataria de um um ataque de ransomware, que afetou a ligação dos laboratórios com os postos de colheita. Até agora não foi feito pedido de resgate. Mas declarações do administrador referem agora malware.
Segundo a informação avançada pelas televisões, foi ainda cortada a informação dos laboratórios Germano de Sousa com a CUF e com outros hospitais “por uma questão de segurança e para não comprometer os outros serviços, enquanto não se resolve a situação”.
As bases de dados dos doentes não foram afetadas e "os laboratórios continuam a funcionar, sendo o registo dos doentes a ser feito "manualmente", garantiu o administrador e fundador do grupo. "Ficámos cegos na comunicação com os laboratórios de colheita na região de Lisboa, o norte não foi atingido" .
O site da empresa mantém-se online mas a Webapp de acesso a resultados dos testes online não está a funcionar.
Em declarações à SIC Notícias, o administrador e fundador do grupo Germano de Sousa de Sousa diz que "eu creio que foi mais do que um ataque informático", explicando que foi um vírus que entrou no sistema informático, mas que já está tudo "praticamente resolvido".
"Eles lançam centenas de vírus deste tipo e um entrou no nosso sistema. Felizmente temos tudo em duplicado e neste momento estamos a repor e a limpar tudo, estando a trabalhar normalmente", explicou o médico que adiantou que está uma equipa de cibersegurança a tentar resolver a situação.
A Polícia Judiciária e o CNCS estão a investigar os ataques que têm atingido as várias organizações mas não confirma cenários de um movimento orquestrado. Carlos Cabreiro, responsável pela unidade de crimes informáticos da PJ, sublinhava em conferência de imprensa após o ataque à Vodafone que este era um "alvo único", mas os especialistas contactados pelo SAPO TEK dizem que não pode ser a afastada a hipótese de um cenário mais alargado e com motivações mais perigosas.
Nota da Redação: Nova atualização 12h13
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