A pandemia de COVID-19 acelerou a transformação digital, mas, no que toca ao uso da Inteligência Artificial, a Europa está a perder terreno, defenderam Daniela Braga, fundadora da DefinedCrowd, e Carlos Moedas, ex-comissário europeu e atual administrador da Gulbenkian, durante a sessão “The road towards an AI-driven Europe” no Web Summit 2020.
A responsável da Defined Crowd afirma que embora haja “muita vontade” para acelerar a utilização de IA na Europa, assim como talento, a fragmentação em matéria de políticas tomadas pelos diferentes países europeus está na causa do atraso.
Em linha com Daniela Braga, Carlos Moedas indica que não há uma verdadeira coesão neste âmbito: uma situação que piorou com a chegada da pandemia de COVID-19. Mas o administrador da Gulbenkian acredita que há potencial para melhorar todo o panorama e tornar a Europa num local mais atrativo para as empresas desenvolverem as suas soluções.
A cooperação europeia com os Estados Unidos, que estão a arriscar e a apostar fortemente nesta área, é vista por Daniela Braga como um ponto-chave. No entanto, a responsável afirma que a junção de forças não deverá ter como objetivo rivalizar com a China, indicando que seria preferível criar acordos com o país e desenvolver uma estratégia global para a IA.
Voltando a terras lusitanas, Carlos Moedas acredita que é necessário criar no um hub de IA nacional e está focado em concretizar a ideia. O ex-comissário, que esteve reunido recentemente com a fundadora da DefinedCrowd, afirma que “faz todo o sentido avançar” e que existe muito talento mundial que pode ajudar a desenvolver um hub em Portugal.
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