Não acreditem em tudo o que ouvem sobre a Inteligência Artificial, aconselhou Inmaculada Martinez, uma das primeiras oradoras a pisar o palco do Oracle Open World Europe, que decorre no ExCel London.
Apresentando-se como “pioneira em Inteligência Artificial e cientista digital”, com o tema Accelerated Digitalisation, The Forces of A.I. Automation and the New Super Humans, Inmaculada Martinez falou sobre as “generalidades” de uma das tendências tecnológicas que a Oracle está a incorporar no seu portfólio de serviços e que marca conceitos adotados pela gigante tecnológica, como o autonomous software ou a Cloud 2.0.
Para começo de conversa que fique assente que os robots não nos vão substituir no trabalho. “A maior parte das tarefas precisa de alguma coisa intrinsecamente humana. Precisa de conhecimento tácito e isso não se consegue explicar por palavras”.
Também devemos pensar que as máquinas são programadas para nosso beneficio. A perita defende que a Inteligência Artificial é uma ferramenta que nos traz poder para construirmos um mundo melhor “e não para coisas más”. Por isso “sejam muito exigentes com as empresas que vos ‘assustam’ com as suas práticas de IA”, recomendou.
Além disso, os humanos são seres criadores abstratos, seres biológicos que ainda estão a descobrir o seu potencial, aponta. “Ainda estamos a descobrir, em termos científicos, o que mais o nosso cérebro pode alcançar e todos os anos somos surpreendidos com algo de maravilhoso acerca do seu funcionamento.
Para Inmaculada Martinez, estamos no início de uma super evolução. “Os nossos corpos podem não mudar - não nos vai nascer mais um braço -, mas o nosso cérebro, confrontado com os novos mundos que estamos a construir, está a desenvolver novas conexões neurais, transformando-nos numa verdadeira versão de nós próprios. E não computacionalmente…”.
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