
A KPMG e a Universidade de Melbourne, na Austrália, realizaram uma sondagem a 48 mil pessoas de 47 países sobre a utilização da inteligência artificial nas suas vidas. O relatório Trust in AI conclui que muitos trabalhadores não são completamente honestos com os chefes e colegas sobre a forma como a utilizam. As elevadas capacidades da IA e o seu alcance abrem portas a preocupações dos riscos e desafios sobre a confiança e a regulação dos sistemas de IA.
O estudo indica que 54% dos inqueridos estão para começar a confiar na IA, considerando que as pessoas estão mais céticas na segurança e o impacto na sociedade da tecnologia, mas mais confiantes das suas capacidades técnicas. Contas feitas, 72% das pessoas estão disponíveis para aceitar a IA. Por um lado, as pessoas em países com economias avançadas confiam menos na IA (39%) do que as menos desenvolvidas (57%). A aceitação está em 65% e 84%, respetivamente.
Veja na galeria mais dados do estudo
Sobre a adoção da inteligência artificial no trabalho, já há 3 em cada 5 funcionários (58%) que utilizam intencionalmente a IA com base regular, sendo que um terço utiliza numa base semanal. As ferramentas mais utilizadas são a IA generativa fornecida publicamente de forma gratuita, em vez de opções facultadas pelas empresas. As economias emergentes lideram a adoção com 72% de utilização da IA regular, comparado com os 49% das economias avançadas.
O relatório refere ainda o impacto da IA no local de trabalho. Cerca de metade dos empregados destaca os benefícios de performance na sua carga de trabalho, na interação humana e o cumprimento, sendo que dois em cada cinco funcionários acreditam que a IA vai substituir os seus postos de trabalho.
Por outro lado, muitos empregados reportaram uma utilização inapropriada (46%), complacente e não transparente sobre o uso da IA no trabalho, contrariando políticas internas, resultando em erros e dependência. Refere ainda que falta medidas e treino para suportar a utilização responsável da IA.
Ainda sobre o uso de IA no trabalho, 59% dos inqueridos reportaram que cometeram erros com base na tecnologia. 44% das pessoas usaram IA numa forma que contraria políticas e linhas de orientação das empresas. Mais de metade (57%) disseram confiar nos resultados da IA no trabalho sem avaliar a sua veracidade. E 51% chegou mesmo a apresentar trabalho feito por IA como se fosse seu.
A inteligência artificial é também apontada como tendo aumentado a eficiência, qualidade e inovação no trabalho, segundo mais de 50% dos inqueridos. 40% dos inqueridos reportaram aumentos de receitas pela atividade com IA generativa. No entanto, 22% das pessoas reportam um aumento da carga de trabalho, stress e pressão.
Pode consultar o relatório completo Trust in AI da KPMG.
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