
As vendas de tablets alcançaram os 36,8 milhões nos primeiros três meses deste ano a nível global, num crescimento de 8,5%, influenciado principalmente por vendas no mercado de consumo e um ciclo de renovação de equipamentos comprados durante a pandemia.
Embora o crescimento registado tenha sido influenciado por vendas em todo o globo, o maior destaque, pela positiva, vai para a China. A combinação dos descontos típicos do período de ano novo lunar, em combinação com os programas de subsidiação do governo para a compra de equipamentos informáticos fez disparar as vendas de tablets.
“Os fornecedores que alinharam promoções com a janela temporal dos subsídios governamentais registaram aumentos consecutivos de vendas, transformando a China na região de crescimento mais rápido” a nível global no período, sublinha Himani Mukka, Research Manager da Canalys, que apurou os números, em comunicado.
Nestes três primeiros meses do ano, a Apple conseguiu segurar a posição no país, mas a concorrência local continua a ganhar terreno, com destaque para a Huawei e a Xiaomi e as duas vastas ofertas para o segmento. Também a Honor conseguiu tirar partido da disponibilidade dos consumidores chineses para comprar tablets, com as suas ofertas de gama de entrada do mercado, acrescenta a empresa de estudos de mercado.
Nos Estados Unidos, a incerteza sobre as tarifas fez aumentar as importações de tablets em janeiro, para em fevereiro as vendas caíram a dois dígitos, voltando depois a recuperar devagar.
“O mercado de tablets dos Estados Unidos teve um desempenho em linha com as expectativas sazonais”, diz Kieren Jessop, diretor de pesquisa da Canalys. “Os anúncios de tarifas da administração Trump não conduziram a uma significativa retração da procura, já que alguns dias depois de serem anunciadas muitos produtos eletrónicos ficaram isentos”.
Contas feitas, a nível global, a Apple manteve a liderança de vendas com 14% do mercado mundial de tablets, ou 13,7 milhões de iPads enviados para as lojas no período.
A Samsung também manteve a segunda posição no ranking, com uma quota de 18% e 6,6 milhões de unidades expedidas, menos 5,2%.
A Xiaomi tomou a terceira posição do pódio à Lenovo, pela primeira vez, com 3,1 milhões de unidades vendidas e um crescimento anual de 56%, que se deveu sobretudo à performance no seu mercado local. O top 5 fechou com a Huawei que ficou com 6,5% das vendas do trimestre e que a nível global perdeu terreno, conseguindo ainda assim vender 2,4 milhões de tablets no trimestre.
Este ano espera-se que o mercado continue a crescer, impulsionado pela onda de renovação de equipamentos que no primeiro trimestre já teve um peso significativo em mercados como o dos Estados Unidos. Com a expectativa de lançamento de novos produtos durante o resto do ano é de esperar que esses processos de substituição continuem.
Ainda assim, a Canalys acredita que, com ou sem tarifas, a tendência nos Estados Unidos é para que o ciclo de renovação dos produtos deste segmento se estenda cada vez mais e que o formato vá sendo relegado para segundo plano. Daqui em diante antecipa-se que as vendas de tablets cresçam a um ritmo mais lento do que no passado. O segmento mais alto continuará a representar uma parte importante das vendas.
A área empresarial contribuiu pouco para o crescimento das vendas de tablets nos primeiros três meses do ano, mas a Canalys acredita que para o resto do ano há potencial de crescimento, também aqui sobretudo graças aos programas governamentais que vários países mantêm, pretendem lançar ou retomar. Além da China, são apontados os casos do Japão ou da Tailândia. O programa de subsidiação à compra de equipamentos informáticos no Japão já esteve em vigor no ano passado e foi um forte dinamizador de vendas no país.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Assassin’s Creed Shadows representa fielmente o Japão Feudal? -
App do dia
Be Brave, Barb traz aventuras com plataformas e um cacto ansioso que precisa de ajuda -
Site do dia
Web Highlights é uma ferramenta de produtividade para sublinhar citações ou tomar notas online -
How to TEK
Já é possível controlar quanta memória RAM o Edge consome enquanto joga. Veja como
Comentários