O Discord (um software gratuito de conversação baseado em browser ou smartphones) que tem ligado comunidades de jogadores de videojogos, e não só, utiliza como mensagem de abertura no seu site oficial uma declaração de desprezo ao Skype e ao TeamSpeak, sistemas outrora populares de comunicação. O certo é que a simplicidade de configuração, as diversas ferramentas que oferece, assim como os layouts para colocar em cima das transmissões em direto tornaram o software muito popular, sobretudo por ser gratuito. Ao fim de três anos, o sistema já conquistou 150 milhões de utilizadores, mas pretende aumentar ainda mais a sua base.
A empresa pretende expandir-se para a venda de videojogos, desta vez entrando em “conflito” com o Steam, GoG, Origin, Humble, UPlay e qualquer outra loja de distribuição digital. No comunicado disponível no blog do Discord, a tecnológica disponibilizou uma beta a 50 mil utilizadores no Canadá, e será expandido mais tarde a mais interessados. Estes utilizadores têm acesso a uma versão melhorada do Discord Nitro (um serviço de assinatura semelhante ao Netflix, com uma seleção de títulos religiosamente curados) e uma nova aba para a loja onde estão novos videojogos à venda.
As propostas indie são para já uma prioridade para o serviço e constam alguns títulos bem populares, tais como Hollow Knight, Dead Cells, Frostpunk, Super Meat Boy, e outros. No entanto, a empresa não quer ser “mais um” serviço de distribuição. Deseja ter um papel ativo na produção dos videojogos, ajudando a financiar e a publicar novas propostas. Em troca, apenas quer uma exclusividade temporária de venda na sua plataforma de 90 dias, utilizando a marca “First on Discord”. Depois os estúdios podem colocar à venda noutros serviços.
Outro aspeto que o Discord quer combater é o “oeste selvagem” existente no Steam, uma plataforma com milhares de jogos, em que os títulos de qualidade, mas menos conhecidos, são engolidos pelos “tubarões”. A loja do Discord pretende ser curada, com os jogos disponíveis a serem escolhidos cuidadosamente pela equipa ou através do feedback da comunidade.
Outra novidade que está a ser introduzida no Discord é a biblioteca universal de títulos do utilizador, acessível através da plataforma. Esta medida serve para combater a necessidade de os jogadores lançarem diversas aplicações para os diferentes jogos, como por exemplo, o Battle.net da Blizzard, o Epic Launcher para jogar Fortnite, os títulos da Bethesda, e assim adiante. O Discord faz um scan ao computador e identifica os jogos instalados, reunindo o arranque numa aba específica.
Apesar das novidades e novos planos de negócio para expandir a plataforma, o Discord assume o compromisso de se manter fiel à base de utilizadores que elegeu a tecnologia para comunicar, prometendo continuar a adicionar novidades, como por exemplo, o recente suporte a gifs animados. Manter a sua tecnologia leve e rápida são pilares essenciais do seu sucesso, refere a empresa no seu comunicado.
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