As pré conferências já começaram no domingo, mas só hoje a Computex 2024 abriu portas no centro de exposições Nangang em Taipei, Taiwan. E, como não podia deixar de ser, tudo roda à volta da Inteligência Artiicial, com o tema central "Ligando a IA".
Na terra dos componentes eletrónicos e chips, que é a sede de alguns dos maiores produtores de computadores, como a Asus, Acer, MSI e Gigabyte, e onde fabricantes como a Intel, Nvidia, AMD e TSMC têm forte presença, não é de admirar a expectativa que existe para os anúncios relacionados com os novos NPUs e processadores optimizados para IA, e os computadores que vão chegar ao mercado com o design de referência da Microsoft, o Copilot+.
Com data marcada para 4 a 7 de junho, a Computex 2024 abriu portas para a inauguração oficial às 10 horas da manhã, 3 horas de Portugal continental. É a segunda maior feira de eletrónica do mundo, a seguir à CES de Las Vegas, e também tem vindo a expandir a sua área de interesse para o segmento dos carros elétricos, abandonando um cariz mais centrado na eletrónica propriamente dita.
A feira começou em 1981 e já evoluiu muito desde os primeiros tempos onde os expositores eram pequenas e médias empresas de eletrónica, também com o crescimento das marcas localizadas no país. Este ano são esperados 1.500 expositores de 36 países e regiões, com mais de 4.500 stands naquilo que a organização diz ser uma retoma depois das restrições da pandemia de COVID-19.
A grande maioria dos expositores são de Taiwan, e aqui é possível encontrar desde os pequenos transistores e outros componentes como memórias e discos, aos computadores pessoais e os desktops com grande foco na personalização. Mas não encontra produtos "made in China", pelo menos de forma clara e assumida. As tensões com a China fazem com que a feira não tenha a presença de marcas do país vizinho, e as relações complexas e bloqueio comercial acabam por tornar a Computex mais ocidental do que seria de esperar.
Veja as imagens recolhidas na Computex
O que esperar dos anúncios na Computex 2024?
A ideia chave é a renovação do portfólio de PCs, com as principais marcas a usarem o argumento da Inteligência Artificial e a atualização do Windows 11 e do Copilot+ para estimular a procura e um novo crescimento do mercado que é desejado por todos. E os principais anúncios andam à volta deste tema.
A Nvidia foi a primeira marca a "abrir as hostilidades", tirando partido da posição de liderança que a empresa está a assumir na área da Inteligência Artificial e que já lhe garantiu uma valorização sem precedentes. Jen-Hsun "Jensen", o presidente da Nvidia, já subiu ao estatuto de estrela de rock da tecnologia e hoje de manhã as principais multidões concentravam-se à volta do co-fundador da empresa que nasceu em Taiwan, embora tivesse estudado e criado o seu negócio nos Estados Unidos.
Na apresentação em Taipei, Jensen Huang afirmou que estamos à beira de uma grande mudança na computação, com a intersecção entre a Inteligência Artificial e a aceleração da computação a redefinirem o futuro.
O CEO da Nvidia revelou o roadmap de novos semicondutores que vão ser lançados no espaço de um ano, partilhando mais pormenores sobre a plataforma Rubin que deverá suceder à Blackwell, com novos GPU e o CPU baseado em ARM, o Vera, acompanhado de conetividade avançada.
As principais fabricantes já se comprometeram com a tecnologia de rede e GPUs da Nvdia e a AMD e Intel suportam a arquitetura MGX. Na área da Inteligência Artificial Generativa a Nvidia revelou a NIM, para criação de aplicações de IA generativa e que deve permitir maximizar o investimento nas infraestruturas das empresas.
Como era esperado, a AMD revelou também o seu novo processador para IA, o Ryzen AI 300, que vai alimentar a nova geração de PCs com Copilot+. A Qualcomm conseguiu antecipar-se com o Snapdragon X Elite e Plus, que já está integrado em computadores de várias marcas e foi apresentado com o design de referência Copilot+, e agora também a AMD mostra a sua proposta, enquanto a Intel está a ficar para trás nesta corrida. Hoje a empresa de semicondutores norte americana fez a sua apresentação e anunciou o Intel Xeon 6,assim como mais pormenores do Lunar Lake que será lançado no terceiro trimestre deste ano.
Ainda assim, alguns dos principais anúncios de computadores, como os novos Zenbook S 16, ProArt P16 clamshell e o ProArt PX13 conversível e TUF A16 e o TUF A14 da Asus integram os novos processadores Ryzen AI 300 e vão chegar ao mercado português a partir de julho.
Flores, componentes e muita personalização
Com os stands concentrados em dois pavilhões, em vários andares, o acesso à Computex 2024 não é complicado mas logo na abertura da feira formaram-se grandes filas para entrar nos pavilhões mais apetecíveis, com as principais marcas, cujo acesso também estava limitado pela sessão de inauguração oficial. São filas que podem demorar longos minutos para aceder à área dos stands, mas organizadas, o que torna mais fácil o processo.
Na passagem pelos stands destacam-se as muitas flores que os expositores trazem para a feira, e que deixam um cheio agradável no ar. Não é comum nas feiras europeias e norte americanas mas aqui são um sinal de sorte e prosperidade.
Pequenos componentes e transistores, memórias, ventoinhas e discos SSD portáteis convivem em stands ao lado de soluções empresariais e servidores, mas também dominam as customizações de desktops, com formas e feitios curiosos e muitos leds nos moddings mais arrojados.
O SAPO TEK está a acompanhar as novidade da Computex 2024 e pode ver aqui algumas das imagens captadas na visita à exposição.
Nota da Redação: O SAPO TeK viajou a Taiwan a convite da Asus
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