Os dados fazem parte do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021, onde se indica que 77% dos encarregados de educação consideram que os equipamentos tecnológicos são importantes para o ensino e se adiantam alguns números sobre a posse de computadores e telemóveis e ainda as características mais valorizadas na compra.

Segundo a informação partilhada, o ensino à distância que foi utilizado nos dois últimos anos letivos "veio demonstrar a utilidade que os equipamentos tecnológicos podem ter para os alunos e para o ensino em geral". Este foi um fator que fez animar as vendas de computadores, com um crescimento que teve também suporte no programa Escola Digital do Governo.

Para os encarregados de educação ouvidos no estudo da empresa de crédito ao consumo, os  computadores estão no primeiro lugar da lista de equipamentos que os encarregados de educação consideram ser hoje mais úteis para os estudantes, com 88% de respostas, sendo mais essenciais para os que frequentam o Ensino Superior, neste caso com 96%.

Seguem-se as impressoras/multifunções com 64% e os periféricos: monitores, ratos, teclados, entre outros, com 59%. Os telemóveis estão igualmente entre os equipamentos que mais estudantes possuem (61%).

Número de equipamentos por aluno a crescer

O estudo indica ainda que o investimento que sido feito na compra de equipamentos demonstra também a importância que tem hoje a tecnologia e "é visível na quantidade e diversidade de equipamentos tecnológicos que os alunos possuem atualmente".

Segundo os dados partilhados, cada estudante tem, em média, 3,5 equipamentos. Em todos os ciclos de ensino, mais de 84% dos estudantes têm, pelo menos, um equipamento. A exceção são os alunos do pré-escolar onde só 53% têm estes dispositivos.

Mesmo assim há ainda 27% dos estudantes que não têm computador, sendo esses caos mais comuns na pré-escola e no 1º ciclo. No ensino superior 89% têm computadores, e a percentagem baixa para 83% no ensino secundário.

A idade é o principal motivo apontado pelos encarregados de educação inquiridos para o facto de alguns estudantes não terem um computador pessoal, mas também a falta de capacidade financeira, que é apontada por 24% dos inquiridos e tem maior peso no 2º ciclo (44%) e no 3º ciclo (41%).

Os dados indicam ainda que 21% dos estudantes também ainda não têm computador pessoal porque usam os equipamentos da família.

No momento da compra os requisitos mais importantes são o preço (17%) e a durabilidade (16%), mas também a capacidade de armazenamento (14%). Para comprarem um computador
mais barato, 40% dos inquiridos prescindiriam da marca.

A possibilidade de alugar um equipamento em vez de o comprar é também uma opção que  22% dos inquiridos considera válida.