A garantia foi dada pela CEO da Google Cloud, Diane Greene, que esclareceu num post no blog oficial que vai honrar o contrato assinado em setembro de 2017 com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, mas que não vai procurar novas iniciativas semelhantes.
O esclarecimento vem na sequência de uma publicação de Sundar Pichai, CEO da Google, que adiantou uma lista de princípios para o desenvolvimento de tecnologia de inteligência artificial, respondendo a pressões internas de colaboradores que não querem ver a empresa envolvida em projetos ligados à defesa.
Esta colaboração tem causado dissabores no seio da própria empresa, levando cerca de 3.100 funcionários a assinarem uma carta à direção para que o Projeto Maven terminasse, para que os valores da Google não ficassem ligados ao chamado “negócio de guerra”. Alguns trabalhadores chegaram mesmo a demitir-se, alegando falta de transparência e por questões éticas e desconforto com o projeto.
Na semana passada a Google tranquilizou os seus funcionários, referindo que o contrato com o Pentágono acaba em 2019 e não haverá seguimento. A CEO da Google Cloud, Diane Greene, explicou que se fosse hoje, a empresa não teria aceitado trabalhar no Projeto Maven, mas na altura havia maior interesse no projeto militar.
Emails internos, que o Gizmodo teve acesso, revelam que a Google via o Project Maven como uma oportunidade de “ouro” para abrir portas para o negócio com agencias militares e de inteligência. Além disso, foi descrito que a tecnológica trabalhou extensivamente no desenvolvimento de algoritmos de machine learning para o Pentagon, para conceber um sistema sofisticado de vigilância das cidades.
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