Este ano, Portugal deu um dos primeiros passos na área da computação quântica. O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, passou a pertencer às organizações que fazem parte da rede global de pólos de investigação IBM Q Network, tal como anunciou a empresa de computação à imprensa.
A Q Network da IMB permite utilizar a computação quântica em modelo de cloud e colabora com instituições em todo o mundo para oferecer acesso à tecnologia desenvolvida pela empresa através de pólos regionais. Os centros de educação, investigação, desenvolvimento e aplicação da computação quântica disponibilizam aos seus colaboradores o acesso à tecnologia da IBM. Além de poder resolver problemas complexos, a IMB Q pode ser utilizada em áreas desde a indústria automóvel à farmacêutica, passando pela distribuição de energia ou o setor financeiro.
À semelhança da Universidade de Oxford, no Reino Unido, da Universidade de Keio, no Japão, ou Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos, o polo da IBM no INL vai fornecer acesso à computação quântica não só a investigadores, mas também a empresas e organizações que queiram tirar partido da tecnologia.
Para levar a cabo pesquisas em computação quântica e desenvolver competências na área o INL trabalha em parceria com a Universidade do Minho, o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (CEiiA) e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) no QuantaLab.
De acordo com Noam Zakay, líder europeu de negócio da IBM Q Network, em entrevista ao DN Insider, as primeiras experiências do computador quântico da IBM, as quais começaram em setembro deste ano, situam-se em áreas como a da “matéria física condensada, ciência dos materiais, otimização de processos e cibersegurança”.
Para já a utilização do computador quântico da IBM está numa fase inicial, sendo que ainda serão necessários alguns anos para que se consiga fazer sentir o impacto da tecnologia de computação quântica na vida das pessoas. Para Noam Zakay as inovações poderão chegar dentro de um prazo de cinco anos, com o surgimento das “primeiras aplicações nas quais um computador quântico – em conjunto com os computadores clássicos – vão oferecer uma vantagem na resolução de problemas específicos”.
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