Os resultados preliminares de um inquérito feito pelo Centro de Economia da Educação da Universidade Nova de Lisboa revelam que pelo menos 23% dos estudantes portugueses não têm acesso a um computador com Internet em casa. Existe uma diferença entre os resultados obtidos e os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que apenas 5,5% dos alunos até aos 15 anos não têm acesso a um PC ligado à Internet.
Os investigadores elucidam que as discrepâncias encontradas poderão ser justificadas com o facto de que as informações de novembro de 2019 do INE apenas indicam a existência de algum computador com Internet no agregado familiar de cada estudante. Pode haver situações em que o computador da família já está a ser utilizado pelos pais por motivos de teletrabalho ou então em que existem múltiplos alunos num agregado familiar e apenas um PC.
Ao Observador, a investigadora Ana Balcão Reis sublinhou que há diferenças significativas entre escolas públicas e privadas, sendo a falta de acesso a computadores com Internet em casa mais notória no primeiro caso. Mas, para já, a equipa por trás do estudo indica que ainda é necessário aprofundar a investigação para ter uma total noção das disparidades em todo o país.
O inquérito realizado junto de professores do ensino básico e secundário, de escolas públicas e privadas dá a conhecer que tipo de soluções de ensino à distância que têm sido adotadas no contexto da pandemia de COVID-19. Os resultados revelam que apenas um terço dos professores chegam a fazer aulas por videoconferência com os estudantes. A vasta maioria dos docentes tem optado por enviar materiais complementares, como fichas de estudo, aos alunos.
Os recursos de ensino à distância disponibilizados pela Direção Geral de Educação são apenas utilizados por cerca de 23% dos professores. Embora a vasta maioria dos professores indiquem que recorrem aos trabalhos casa para proceder à avaliação dos alunos, o estudo revela que 19% dos docentes afirmam que não estão a recolher elementos de avaliação.
Recorde-se que, nas linhas da estratégia definida para as aulas do terceiro período ficou prometido um "acesso universal" que permita ultrapassar barreiras e diferenças de acesso a equipamentos entre os vários graus de ensino e nas famílias. No entanto, o Ministro da Educação lembra que não há soluções imediatas e que, apesar dos constrangimentos, está a ser feita uma adaptação gradual.
A estratégia definida passa por combinar os meios de ensino disponíveis, com as aulas através da TV com o uso de plataformas online. O Ministério tem vindo a preparar uma série de documentação que vai chegar às escolas, de forma a permitir que os professores preparem as aulas e acompanhem as matérias que vão ser lecionadas através da televisão.
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