A Universidade de Coimbra desenvolveu diferentes soluções tecnológicas que pretendem ser inovadoras, capazes de contribuir para um envelhecimento da população mais ativo, seguro e saudável, destaca no comunicado. O projeto multidisciplinar foi financiado na globalidade por 5 milhões de euros, no âmbito “ACTIVAS - Ambientes Construídos para uma Vida Ativa, Segura e Saudável”, liderado pela KENTRA Technologies.
O Departamento de Engenharia Eletrotécnica (DEEC) da Universidade de Coimbra, liderado pelo professor Paulo Menezes, criou um conjunto de capacidades de interação inteligente para robots sociais e jogos sérios que são guiados por avatares virtuais. O objetivo é promover a prática de exercício físico pelos idosos, mas também crianças, sobretudo as que têm perturbações do espectro do autismo.
Veja nas imagens as soluções do projeto:
O projeto tem como objetivo perceber até que ponto é possível estimular a atenção e o foco através do movimento. Para tal, a equipa criou uma experiência sensorial, com sons e imagens, procurando atrair a atenção da pessoa para certas coisas que estavam a aparecer no ecrã e associar sons de forma espontânea, explicou Paulo Menezes.
É referido que o setup interativo é composto por uma câmara com um sensor incorporado, que permite explorar a captura do movimento, analisar a pessoa e a sua postura, reproduzindo diversos sons que a pessoa escolhe através dos movimentos. O sistema permite suportar a exploração criativa, mas também, caso seja necessário, analisar posteriormente as associações estabelecidas.
Outra ferramenta criada para idosos consiste em integrar, de forma ecológica, num sistema interativo dois tipos de testes (Rickly & Jones e SARC-F), que servem para avaliar a perda de massa muscular, um problema relacionado com o envelhecimento, que pode ser prevenido com a prática de exercício físico. Através de um mecanismo de avaliação é possível perceber se os exercícios estão a ser bem executados e dessa forma corrigi-los, mediante as indicações fornecidas durante o jogo.
Um robot que já tinha sido desenvolvido em projetos anteriores ganhou novas funcionalidades de companhia dos idosos nas suas casas. Este emite alertas sempre que surjam sinais de perigo em casa, tais como uma queda ou fuga de gás, nos exemplos partilhados.
A equipa tem ainda feito adaptações dos comportamentos do robot às emoções da pessoa em tempo real, dentro do que é possível inferir a partir das expressões faciais ou tom de voz, através de redes neurais. Se o robot detetar que a pessoa está mais triste, vai deslocar-se mais devagar, mas se notar que está alegre, este vai ser mais efusivo. “Isto é muito importante pois contribui para a aceitação. Nos testes realizados concluímos que com a adaptação do comportamento dos robôs as pessoas tendem a sentir mais empatia”, destaca o investigador.
Espera-se agora que com os resultados obtidos, os investigadores considerem se o projeto permite criar serviços e oportunidades de negócio para entidades ligadas à prestação de serviços de assistência.
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